Uma metafísica para a ecologia

Autores

  • Francisco Ângelo Coutinho Doutor em Educação. Professor do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino da Faculdade de Educação da UFMG
  • Rogério Parentoni Martins Doutor em Ecologia. Professor visitante do Departamento de Biologia da UFC. Universidade Federal do Ceará (UFC), Centro de Ciências, Departamento de Biologia
  • Ana Carolina de Oliveira Neves Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ecologia Conservação e Manejo da Vida Silvestre da UFMG. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia Geral, Laboratório de Ecologia e Conservação

Palavras-chave:

Metafísica. Epistemologia. Ecologia. Evolução. Weltanschuung.

Resumo

Nesse artigo argumentamos que há uma weltanschuung científica por meio da qual os sistemas vivos são compreendidos a partir do conhecimento sobre como as moléculas se estruturam e funcionam. Este programa de pesquisa vincula-se à concepção metafísica “substancialista”, isto é, para compreender satisfatoriamente a natureza dos fenômenos biológicos, basta conhecer o comportamento das moléculas que constituem os seres vivos. Porém, esta concepção “substancialista” não é suficiente para fundamentar uma compreensão realista dos fenômenos que ocorrem em nível ecológico e evolutivo supramoleculares. Sugerimos a metafísica de processos como a alternativa que melhor fundamenta o entendimento científico em ecologia e evolução. Para tanto utilizamos a teoria sobre construção de nicho e o conceito de ecossistema para exemplificar sobre de que modo esta metafísica é mais coerente com a natureza do conhecimento em ecologia e evolução do que a metafísica baseada em substâncias.

Downloads

Publicado

2012-01-01

Edição

Seção

Artigos