Morte da arte, renascer da vida

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DOI:

https://doi.org/10.36517/Argumentos.22.9

Palavras-chave:

Idealidade. Morte da arte. Belo natural. Sentidos. Novo prazer.

Resumo

A arte esteve sempre ancorada na tarefa de criar idealidades. A estética tradicional expressou essa exigência fundamental, tendo Hegel como seu momento mais elevado. A arte contemporânea desenvolveu todo um esforço para desconstruir esse velho edifício, propondo um retorno ao cotidiano. Porém, tal esforço ainda se manteve refém dos princípios puramente espirituais da própria arte. Nossa hipótese é de que isso leva a arte à auto destruição, de tal forma que se faz necessário voltar, de forma engajada, ao mundo efetivo (natural e social), fazendo uso de todos nossos sentidos, evitando os antigos preceitos do desinteresse, da contemplação e das teologias hierarquizantes. A arte deve morrer para dar lugar à vida, a um novo tipo de prazer que não brota mais da “beleza”, mas dos próprios objetos.

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Publicado

2019-11-18

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Artigos