IDADE E CRESCIMENTO DO BADEJO-MIRA, Mycteroperca rubra (BLOCH, 1973), NO SUDESTE DO BRASIL

Autores

  • Melquíades Pinto Paiva Departamento de Biologia Marinha, Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Maria Odete Ximenes Carvalho Pesquisadora do Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará
  • Antonio Adauto Fonteles Filho Bolsista-pesquisador do CNPq no Instituto de Ciências do Mar

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v37i1-2.6408

Palavras-chave:

badejo-mira, Mycteroperca rubra, idade, crescimento, mortalidade natural, Sudeste do Brasil

Resumo

O badejo-mira, Mycteroperca rubra (Bloch, 1793), é um peixe demersal de mediana importância na região sudeste do Brasil, habitando fundos rochosos e arenosos da plataforma talude continentais. Idade e crescimento foram estudados com base na leitura de escamas coletadas em 152 exemplares de ambos os sexos, com comprimento total da faixa de 25,0 – 73,4 cm, no período de junho/1999 a maio/2000. A escama (S) cresce numa proporção isométrica com o comprimento individual (L) segundo a equação L = 4,2 + 79,9 S (r= 0,976; P<0,01), havendo periodicidade anual na formação dos anéis etários, com mudança de idade no bimestre novembro-dezembro. O valor médio dos comprimentos retrocalculados variou de 20,0 cm CT (grupo-de-idade I) a 72,3 cm CT (grupo-de-idade X). A equação de crescimento em comprimento (cm) é Lt=105,1 [1-e -106 (t+1,99)], cuja equação em peso (kg) é dada por Wt=14,0 [1-e-0,106(t+1,99)]2,958, ajustada através da regressão peso/comprimento: In W=-11,132+2,958 In L (r = 0.993;  P<0,01). O coeficiente anual de mortalidade natural foi de 0,248. O badejo-mira tem baixo coeficiente de crescimento (K=0,106), elevado coeficiente de desempenho, ᶲ=3,068, elevada razão M/K=2,34 e grande longevidade, tmax=30,3 anos, características típicas de espécies carnívoras do 4º nível trófico.

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Publicado

2017-03-10

Edição

Seção

Artigos originais