TOLERANCE OF FRESHWATER BIVALVE Cyanocyclas brasiliana (Deshayes, 1854) TO THE VARIATION OF SALINITY IN LABORATORY CONDITIONS

Tolerância do bivalve dulcícola Cyanocyclas brasiliana (Deshayes, 1854) à variação de salinidade em condições de laboratório

Autores

  • Carla Suzy Freire de Brito Profa. Adjunta Engenharia de PescaUniversidade Federal do Piaui - UFPICampos Universitário de ParnaíbaAv. Sao Sebastião, 2819 - Reis VelosoParnaiba/PI - CEP: 64.202-020
  • Ronaldo Gomes de Sousa Associate professor, Universidade do Minho, Portugal
  • Diego Rial Conde Postdoctoral fellow at the Oceanographic Center of Vigo Spanish Institute of Oceanography, Spain
  • Cristina de Almeida Rocha-Barreira Professor associate at the Universidade Federal do Ceará, Instituto de Ciências do Mar, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v55i1.62686

Resumo

A espécie Cyanocyclas brasiliana (Deshayes, 1854) é endêmica da América do Sul e ocorre no norte do Brasil, nos estados do Amazonas, Pará e Piauí. O presente estudo foi realizado no estuário do Rio Parnaíba, Piauí, Brasil. O limite de tolerância e a sobrevivência do bivalve de água doce Cyanocyclas brasiliana, submetido a um gradiente de salinidade crescente, foi avaliado em condições de laboratório. Os espécimes (19,49 a 26,47 mm) foram mantidos em recipientes com 2 litros de água com aeração constante e densidade de 2,5 animais por litro. Foram realizados 7 tratamentos (salinidades de 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6) com 5 repetições por tratamento. Nas primeiras 36 horas não houve óbito de nenhum indivíduo; a mortalidade iniciou após 48 horas em 3, 4, 5 e 6‰; foi mais significativo de 72 a 96 horas para tratamentos variando de 2 a 6‰ e todos os espécimes para tratamentos de 2 e 3‰ morreram de 120 a 144 horas. A CL50 varia de 3,1 às 72 h e 3,3 às 84 h, portanto a salinidade média limitante foi de 3,2‰ e essa espécie é caracterizada como estenohalina. O tempo letal de morte (LT50) foi: 81,8; 82,3; 78,5; 61,1 e 63,5 h para salinidades de 2, 3, 4, 5 e 6‰, respectivamente. Essa espécie não suporta grandes variações de salinidade em condições experimentais, estando bem adaptada para sobreviver em salinidades entre 0 e 1.


Palavras-chave: endemia, mortalidade, sobrevivência.

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Publicado

2022-08-18

Edição

Seção

Artigos originais