BACTÉRIAS NA GAMBOA DO MACIEL (PARANÁ, BRASIL): UM SUBSÍDIO PARA O CULTIVO DE OSTRAS

Autores

  • Hedda Elisabeth Kolm
  • Ione Lucy Nowicki Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v44i1.340

Palavras-chave:

bactérias, cultivo de ostras, Gamboa do Maciel, Complexo Estuarino de Paranaguá.

Resumo

Ostras são moluscos bivalves normalmente consumidos crus que, durante todo o ciclo de vida são filtradores, retirando da água o fitoplâncton de que se alimentam. Devido ao eficiente mecanismo de filtração são capazes de acumular grande quantidade de micro-organismos. No Paraná são cultivadas no lodo, em mesas e em “long line”. Nesta pesquisa estudou-se a variabilidade quantitativa do número de bactérias heterotróficas totais, biomassa bacteriana, coliformes totais e Escherichia coli nas margens e no canal de maré da Gamboa do Maciel. Foram analisadas as relações entre os valores bacterianos com os fatores físico-químicos da água: temperatura, salinidade, pH, oxigênio dissolvido, material particulado em suspensão, matéria orgânica particulada e clorofila-a. Os resultados mostraram que não houve variabilidade significativa de clorofila “a” entre as estações, sugerindo que, com relação à sua alimentação, as ostras poderiam ser cultivadas em qualquer local da gamboa. Os valores de E. coli indicam que a Gamboa do Maciel não é adequada para o cultivo de ostras a serem consumidas cruas sem prévia depuração. Entretanto, valores significativamente mais elevados deste micro-organismo registrados nas margens indicam que o cultivo mais indicado é o do tipo “long line”, isto é localizado entre as margens e o canal de maré.

Biografia do Autor

Hedda Elisabeth Kolm

Professora Associada III, Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná

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Publicado

2011-05-01

Edição

Seção

Artigos originais