“SER SEM-TERRINHA É BRINCAR, SORRIR, LUTAR!”

vozes da infância sem-terrinha no assentamento Osiel Alves (RN)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24882/eemd.v43i85.72476

Palavras-chave:

MST, Sem-terrinha, Pedagogia do movimento, Pesquisa com crianças

Resumo

Considerando a íntima relação existente entre a educação e a luta camponesa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, mais especificamente no que se refere ao seu caráter informal, do conhecimento nascido na luta, o presente relato de pesquisa busca externalizar as vozes das crianças sem-terra oriundas do assentamento Osiel Alves, dando destaque para a relação entre “brincar, sorrir, lutar” como parte da identidade sem-terrinha. Metodologicamente, a pesquisa tem a sua base nas conversas/entrevistas realizadas com oito crianças do assentamento, quatro meninas e quatro meninos, em idades diferentes, entre cinco e dez anos. Cabe destacar que a interação com as crianças ocorreu entre os meses de março e abril de 2019.

Biografia do Autor

Júlia Amélia de Sousa Sampaio Barros Leal de Oliveira

Licenciada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Celiane Oliveira dos Santos, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestra em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialista em Educação Infantil e graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Graduada em Economia Doméstica pela UFC. Professora do Departamento de Educação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Samuel Penteado Urban, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Doutor em Educação Científica e Tecnológica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Licenciado em Pedagogia pela Universidade Nove de Julho e em Geografia pela UFSCar. Professor Adjunto no Departamento de Educação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Referências

ADRIANO, J. Sem-terrinhas na construção do Movimento. MST.org, [S. l.], 21 fev.
2019. Disponível em: https://mst.org.br/2019/02/21/sem-terrinhas-naconstrucao-do-movimento/. Acesso em: 3 jul. 2021.
BORBA, Â. M. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In: BEAUCHAMP,
J.; PAGEL, S. D.; NASCIMENTO, A. R. (org). Ensino fundamental de nove anos:
orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: MEC/SEB,
2007. p. 33-44.
BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
CALDART, R. S. O MST e a formação dos sem terra: o movimento social como
princípio educativo. Estudos Avançados, São Paulo, v. 15, n. 43, p. 207-224, set../
dez. 2001. DOI: 10.1590/S0103-40142001000300016. Disponível em: https://www.
scielo.br/j/ea/a/C8CTZbGZp5t8tH7Mh8gK68y/?lang=pt. Acesso em: 3 jul. 2021.
CALDART, R. S. Pedagogia do Movimento Sem-Terra. São Paulo: Expressão
Popular, 2012.
CORSARO, W. A. Sociologia da infância. Porto Alegre: Artmed, 2011.
DELGADO, A. C. C.; MÜLLER, F. Em busca de metodologias investigativas com as
crianças e suas culturas. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 35, n. 125, p. 161-
179, maio/ago. 2005. DOI: 10.1590/S0100-15742005000200009. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/cp/a/x7QkpNjrW8CLhJCDSRymKnC/?lang=pt&format=
html. Acesso em: 3 jul. 2021.
FERREIRA, M.; SARMENTO, M. J. Subjectividade e bem-estar das crianças:
(in)visibilidade e voz. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 2, n. 2, p.
60-91, nov. 2008. DOI: 10.14244/1982719919. Disponível em: http://www.
reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/19. Acesso em: 3 jul. 2021.
FRIGOTTO, G.; CIAVATTA, M. Trabalho como princípio educativo. In: CALDART,
R. S.; PEREIRA, I. B.; ALENTEJANO, P.; FRIGOTTO, G.(org.). Dicionário da educação
do campo. São Paulo: Expressão Popular, 2012. p. 750-757.
GOHN, M. G. Educação não formal e o educador social: atuação no desenvolvimento
de projetos sociais. São Paulo: Cortez, 2010.
GOHN, M. G. Movimentos sociais e educação. São Paulo: Cortez, 2009.
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM-TERRA. Como fazemos a escola
de educação fundamental. Caderno de Educação: MST, São Paulo, n. 9, 1999.
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM-TERRA. Educação infantil:
movimento da vida, dança do aprender. Caderno de Educação: MST, São Paulo,
n. 12, 2004.
RIBEIRO, M. Movimento camponês, trabalho e educação: liberdade, autonomia,
emancipação: princípios/fins da formação humana. São Paulo: Expressão
Popular, 2010.
SANTOS, B. S. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul.
Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
TARDIN, J. M. Cultura camponesa. In: CALDART, R. S.; PEREIRA, I. B.; ALENTEJANO,
P.; FRIGOTTO, G.(org.). Dicionário da educação do campo. São Paulo: Expressão
Popular, 2012. p. 180-188.
TATEMOTO, R. Encontro nacional de Sem Terrinhas uniu diversão, aprendizado e
mobilização. Brasil de Fato, Brasília, DF, 27 jul. 2018. Disponível em: https://
www.brasildefato.com.br/2018/07/27/encontro-nacional-de-sem-terrinhas-uniu
diversao-aprendizado-e-mobilizacao. Acesso em: 3 jul. 2021

Downloads

Publicado

2021-11-17

Edição

Seção

Artigos