O ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO: PERSPECTIVAS PARA A ATRATIVIDADE NA CARREIRA DOCENTE

Resumo

O artigo é resultado de uma pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE/Unicentro-PR) e teve por objetivo investigar o processo e organização do Estágio não obrigatório na Educação Infantil em quatro redes municipais de ensino de Irati, Mallet, Rebouças e Rio Azul, no estado do Paraná. Analisa as concepções acerca de estágio não obrigatório e trabalho na Educação Infantil, na perspectiva dos estagiários e dos secretários municipais de educação, ponderando se a forma de entendimento dos entrevistados possibilita a valorização no que diz respeito à atratividade para o curso de Pedagogia e para a carreira docente. Para tanto, a primeira seção apresenta a relação do estágio não obrigatório com as mudanças no universo do trabalho, mediante flexibilização e precarização dos espaços laborais, a partir das reflexões teóricas de Gramsci (2009), Tonet (2010), Marx (2009, 2010), Mesquita (2011), Krein (2011) e Alves (2013). Posteriormente, mediante fontes empíricas e dados públicos sobre a organização socioeconômica e educacional, caracteriza os quatro municípios supracitados para, assim, analisar a concepção de estágio não obrigatório e trabalho na Educação Infantil na perspectiva dos entrevistados, partindo de dados da pesquisa in loco com os estagiários e os responsáveis pela educação nos municípios estudados. Como resultados, identifica que a concepção de estágio não obrigatório nos referidos municípios está pautada no discurso de trabalho flexível, e os estudantes, compreendidos como alternativa para a escassez de professores concursados, devido à não periodicidade na execução de concursos públicos.