DESIGUALDADE, DIVERSIDADE SOCIOCULTURAL E AÇÕES AFIRMATIVAS: REFLEXÃO COM BASE NAS TEORIAS MARXIANAS SOBRE EMANCIPAÇÃO

Autores

  • Richelly Barbosa de Medeiros Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Liana Brito Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Maria Zelma de Araújo Madeira Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Resumo

A proposta é refletir sobre desigualdade, diversidade sociocultural e ações afirmativas, com ênfase na relação existente entre esses processos e os temas da emancipação política e da emancipação humana. A discussão sobre ações afirmativas vem ganhando destaque nas últimas décadas no campo da educação, fundamentando a defesa e a adoção de sistemas de cotas para o ingresso de estudantes oriundos de escolas públicas, indígenas, negros/as e de baixa renda em universidades estaduais e federais brasileiras. A reflexão sobre esse assunto envolve distintas análises, muitas delas divergentes sobre conceitos e categorias sociológicas que atravessam a arena das políticas sociais públicas. Adentrando essa seara, neste artigo são trabalhados alguns apontamentos na esfera do marxismo, partindo da categoria trabalho até à emergência de outros complexos sociais, tais como a desigualdade, a diversidade sociocultural e a cidadania, pautas na defesa das ações afirmativas por diferentes grupos sociais e políticos. Além disso, são tecidas reflexões acerca das alienações humanas e da necessidade de superação do capital. A investigação se caracterizou, quanto aos objetivos, como de natureza exploratória e, acerca dos procedimentos, foi embasada em revisão bibliográfica e documental, que ocorreram, sobretudo, em referenciais teóricos de aporte marxiano e por intermédio da avaliação de dados estatísticos sobre desigualdades sociais. A partir desses aspectos teórico-metodológicos, concluiu-se que as ações afirmativas são urgentes como resposta às expressões da questão social, ainda que restritas à emancipação política. Defende-se que essa reivindicação, no âmbito da cidadania, deve estar alinhada à defesa da emancipação plena de homens e mulheres.

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Publicado

2017-12-21

Edição

Seção

Artigos