MOVIMENTOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24882/eemd.v43i86.77991

Palavras-chave:

Ensino Remoto Emergencial, Pandemia de covid-19, Pedagogia, Ensino, Aprendizagem

Resumo

O estudo teve como objetivo investigar e contrapor as significações atribuídas às modalidades de ensino presencial e remota vivenciadas por vinte e duas acadêmicas do curso de Pedagogia, vinculadas ao Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Para a coleta de dados, foram utilizados dois questionários: um para os dados sociodemográficos e outro referente às modalidades de ensino presencial, a distância (EaD) e Ensino Remoto Emergencial (ERE), os quais foram preenchidos via Google Forms. Verificou-se que as marcas do modelo presencial ainda são fortes e estão associadas às possibilidades de interação face a face entre professores e colegas, o que conduz a comparações com a EaD e o ERE, sinalizando a inevitável incursão das tecnologias digitais para fins educacionais. Chegou-se à conclusão de que a pandemia trouxe à tona inúmeros aspectos que desvelam desigualdades sociais, tais como a falta de acesso à internet de qualidade e equipamentos compartilhados entre membros de uma mesma família. Revelou-se, ademais, a necessidade de organização do ambiente de estudos e do gerenciamento do tempo, em um contexto de equilibração de funções profissionais, estudantis e familiares.

Biografia do Autor

Simone de Souza, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Doutora em Educação para a Ciência e a Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Docente do Departamento de Teoria e Prática da Educação, área de Didática e Metodologia do Ensino (UEM).

Solange Franci Raimundo Yaegashi, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Docente do Departamento de Teoria e Prática da Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação e do Mestrado Profissional em Educação Inclusiva da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Escola, Família e Sociedade (GEPEFS)

Emanoela Thereza Marques de Mendonça Glatz, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Mestranda em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).

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Publicado

2021-12-25