A leitura literária no curso secundário e o ideal humanista de formação

Autores

  • Rejane Rodrigues Almeida de Medeiros Universidade Federal de São Carlos
  • Sr. UFMG

Resumo

O artigo analisa as formas de representação da leitura em sala de aula presentes em periódicos educacionais e livros escolares que discutem o currículo ou a leitura literária, tais como Revista Pedagógica (1894-1896), Revista de Educação (1927-1961) a Antologia nacional (1895) de Fausto Barreto e Carlos de Laet, Seleta clássica (1914), de João Ribeiro, e Céu, terra e mar (1914), de Alberto de Oliveira, Português através de textos (1969), de Magda Soares. Busca-se demonstrar que a precedência da leitura literária no ensino de língua portuguesa, até a década de 1960, parece conservar uma herança da tradição clássica, ao mesmo tempo em que é parte integrante de um longo debate sobre a formação humanista e a cientificista no currículo do curso secundário. O embate travado entre a cultura literária e a cultura científica no currículo do ensino secundário ocasionou a eliminação gradativa das disciplinas clássicas nesse nível de ensino. Por outro lado, a prática de leitura de textos literários permanece na disciplina escolar português, até os anos de 1960, como traço característico da cultura literária no Brasil.

Biografia do Autor

Rejane Rodrigues Almeida de Medeiros, Universidade Federal de São Carlos

Doutora em Linguística pela UFScar. Professora da rede pública e privada de ensino.

Sr., UFMG

Doutor em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela USP. Professor de Teoria da Literatura e Literatura Comparada da UFMG.

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Publicado

2021-08-01