Arquivos - Página 2

  • Nacionalismo em suas Diversas Formas
    v. 1 n. 7 (2016)

    No universo cultural, a ideia de nacionalismo sempre teve peso dois, pois foi o caminho pelo qual artistas e intelectuais enveredaram para, através de suas obras e de sua força de expressão, buscar o fortalecimento diante de outras nações, sua independência ou autonomia na jurisdição do pensamento. Nesse âmbito, no Brasil, as manifestações remontam ao século XIX. O período foi marcado por um sentimento nacionalista motivado, em especial, pela independência, em 1822. Os artistas e intelectuais, ditos “românticos”, voltaram-se para si mesmos, e neste “si” estavam inseridas as concepções de nação, pátria, território. É exemplo dessa exaltação o enlevo poético de Gonçalves Dias, o sentimento nostálgico de Álvares de Azevedo e Fagundes Varela, o engajamento social de Castro Alves, o compromisso intelectual e alegórico de José de Alencar, que pretendia com seu projeto literário uma espécie de mapeamento étnico-cultural do Brasil. Buscava-se a identificação do país com suas raízes mais profundas, históricas, linguísticas e culturais. O sentimento nacionalista é retomado décadas depois, no campo das ideias, com a Semana de Arte Moderna, liderada principalmente por Oswald de Andrade e Mário de Andrade, que compunham o Grupo dos Cinco, juntamente com Anita Malfati, Tarsila do Amaral e Menotti Del Picchia, além da participação de dezenas de intelectuais e artistas, como Manuel Bandeira, Graça Aranha, Di Cavalcanti, Guilherme de Almeida e outros. Várias obras, movimentos, revistas e manifestos grassaram o cenário intelectual com propostas radicais de novos modelos de expressão, cada um com sua forma distinta de apresentar o “nacionalismo”: revista Klaxon, movimentos Pau-Brasil, Verde-Amarelismo, Anta. A Antropofagia, inspirada nos rituais dos índios brasileiros de devorar o inimigo para se apropriar de sua força, proposta por Oswald de Andrade, propõe o devoramento simbólico da cultura estrangeira, sem com isso abdicar da identidade local. Para este número, então, a Entrelaces traz à discussão este tema que sempre provoca questionamentos nas páginas acadêmicas: “Nacionalismo em suas diversas formas”.

    Equipe Editorial da Revista Entrelaces

  • Travessias da Seca
    v. 1 n. 6 (2015)

    Neste ano, completa-se o primeiro centenário da Seca de 1915, que, embora não tenha sido mais longa nem mais devastadora que a de 1877, ficou bastante conhecida através do romance de estreia da jovem Rachel de Queiroz. “É homem”, teria dito um incrédulo Graciliano Ramos, ao findar a leitura d’O Quinze. Anos mais tarde, o autor de Vidas Secas confessaria: “Durante muito tempo, ficou-me a ideia idiota de que ela era um homem, tão forte estava em mim o preconceito que excluía as mulheres da literatura”. A esta época, excetuando-se A Bagaceira, não havia literatura no nordeste. Graciliano só lançaria seu primeiro romance, Caetés, em 1933. O Quinze, lançado em 1930 e ambientado no sertão cearense, pintou de cinza e negro o que outrora fora verde. “Dignai-vos ouvir nossas súplicas, ó castíssimo esposo da Virgem Maria, e alcançai o que rogamos. Amém.” O lamento de Dona Inácia, na abertura do romance, era o mesmo que o sertanejo sedento e faminto dirigia a São José. A fé no Padroeiro consolava e enchia de esperança os aflitos corações. Os relatos d’O Quinze revelaram para o resto do País aquilo que somente os habitantes locais sabiam. “Conceição passava agora quase o dia inteiro no Campo de Concentração, ajudando a tratar, vendo morrer às centenas as criancinhas lazarentas e trôpegas que as retirantes atiravam no chão, entre montes de trapos, como um lixo humano que aos poucos se integrava de todo no imundo ambiente onde jazia”. A existência de Campos de Concentração no Ceará é a lembrança mais cruel da Seca de 1915. Criados para isolar e impedir o deslocamento dos campesinos para as cidades, principalmente, para Fortaleza, estes “alojamentos” serviram para aumentar assustadoramente o sofrimento destes. Descritos como local de apoio e alojamento, esses campos logo ficaram conhecidos como “os currais do Governo”. A população faminta ficava amontoada, sem higiene alguma, e morriam “às centenas” como seria, posteriormente, descrito n’O Quinze. Toda uma geração de escritores tratou do tema da seca e revelou aos olhos de muitos um mundo até então oculto. Neste número, a Revista Entrelaces apresenta o tema “Dossiê Travessias de Seca” em homenagem à escritora Rachel de Queiroz.

    Equipe Editorial da Revista Entrelaces

  • A Literatura do Sertão: Diálogos e Intertextos no Regionalismo
    v. 1 n. 5 (2015)

    Entrelaces – Revista de publicação eletrônica semestral, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal do Ceará. Publica trabalhos na área de Literatura Comparada, produzidos por professores e alunos de pós-graduação, abrangendo diversas linhas de pesquisa, sob a forma de artigos científicos inéditos. 

    O Corpo Editorial da Entrelaces é formado por alunos do Programa de Pós-Graduação em Letras e professores da Universidade Federal do Ceará. O Conselho Consultivo congrega professores do PPGLetras-UFC e docentes de outras universidades.
  • Temática Livre
    v. 1 n. 4 (2014)

    Entrelaces – Revista de publicação eletrônica semestral, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal do Ceará. Publica trabalhos na área de Literatura Comparada, produzidos por professores e alunos de pós-graduação, abrangendo diversas linhas de pesquisa, sob a forma de artigos científicos inéditos. Nesta edição, a revista traz textos de temática livre.
  • Temática Livre
    v. 1 n. 3 (2013)

    Entrelaces – Revista de publicação eletrônica semestral, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal do Ceará. Publica trabalhos na área de Literatura Comparada, produzidos por professores e alunos de pós-graduação, abrangendo diversas linhas de pesquisa, sob a forma de artigos científicos inéditos. 

    O Corpo Editorial da Entrelaces é formado por alunos do Programa de Pós-Graduação em Letras e professores da Universidade Federal do Ceará. O Conselho Consultivo congrega professores do PPGLetras-UFC e docentes de outras universidades.
  • Literatura: a obra entre a crítica e a arte
    v. 1 n. 2 (2013)

    Entrelaces – Revista de publicação eletrônica semestral, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal do Ceará. Publica trabalhos na área de Literatura Comparada, produzidos por professores e alunos de pós-graduação, abrangendo diversas linhas de pesquisa, sob a forma de artigos científicos inéditos. 

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  • A Literatura e Suas Relações
    v. 1 n. 1 (2013)

    Entrelaces – Revista de publicação eletrônica semestral, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal do Ceará. Publica trabalhos na área de Literatura Comparada, produzidos por professores e alunos de pós-graduação, abrangendo diversas linhas de pesquisa, sob a forma de artigos científicos inéditos. 

    O Corpo Editorial da Entrelaces é formado por alunos do Programa de Pós-Graduação em Letras e professores da Universidade Federal do Ceará. O Conselho Consultivo congrega professores do PPGLetras-UFC e docentes de outras universidades.
  • Entrelaces
    v. 1 n. 1 (2008)

    Entrelaces – Revista de publicação eletrônica semestral, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal do Ceará. Publica trabalhos na área de Literatura Comparada, produzidos por professores e alunos de pós-graduação, abrangendo diversas linhas de pesquisa, sob a forma de artigos científicos inéditos. 

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  • Entrelaces
    v. 1 n. 1 (2007)

    Entrelaces – Revista de publicação eletrônica semestral, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal do Ceará. Publica trabalhos na área de Literatura Comparada, produzidos por professores e alunos de pós-graduação, abrangendo diversas linhas de pesquisa, sob a forma de artigos científicos inéditos.

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