Edições anteriores

  • DOSSIÊ: LIÇÕES DE SARAMAGO
    v. 12 n. Especial (2022)

    Eis aqui as Lições de Saramago, com as quais a Entrelaces comemora o centenário de José Saramago. A presente edição reúne textos de perspectivas teóricas variadas, recebidas tanto de centros de pesquisa do exterior, oriundas de Portugal e da Itália, como do Brasil, vindas de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e aqui do Ceará. Como prevíamos, quando se trata de Saramago, seja pela largueza humana de seu projeto literário, seja pela complexidade alcançada por seu discurso, as lições suscitariam ruptura de fronteiras epistemológicas e geográficas.

  • Dossiê - Elena Ferrante
    v. 11 n. 04 (2021)

  • Temática Livre
    v. 13 n. 25 (2021)

  • Temática Livre
    v. 9 n. 21 (2020)

  • “O chapadão dos Gerais”

    Temática Livre
    v. 8 n. 19 (2020)

  • Temática Livre
    v. 1 n. 17 (2019)

  • Dossiê “Da tabuinha ao e-mail: a escritura epistolar no mundo antigo e contemporâneo"
    v. 1 n. 16 (2019)

    A obra escolhida para compor nossa edição chama-se The Love Letter[1]. Foi pintada pelo artista holandês Petrus van Schendel (1806-1870).

    [1] Disponível em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Petrus_van_Schendel_Der_Liebesbrief.jpg. Acesso em 28/07/1989.

  • afectos, fulgores, paisagem

    Temática Livre
    v. 1 n. 15 (2019)

  • Temática Livre
    v. 1 n. 13 (2018)

  • Dossiê (Des)Dobras Barrocas: Conexões Transatlânticas entre Artes e Culturas
    v. 1 n. 12 (2018)

    Depois dos equilíbrios do Renascimento e dos desequilíbrios do Maneirismo, o Barroco constitui uma das mais marcantes estéticas surgidas com a modernidade. A produção artística barroca desenvolve-se em um nível que, conscientemente, exorbita a dimensão local. Um exemplo: em 1705, sai Musica do Parnasso, a primeira coletânea de poesias publicada por um brasileiro. O autor é o escritor Manuel Botelho de Oliveira, que, no prefácio do seu volume poético, lê a evolução da literatura como um processo de expansão transatlântica "europeia": a literatura começou épica na Grécia e acabou, barroca e exótica, na América lusófona.

    O Barroco, em suma, até fora do continente europeu, é percebido desde o seu começo como o estilo com o qual se inaugura, de forma expansiva, uma época nova, tanto que muitas experiências sucessivas de ruptura cultural irão coincidir com uma redescoberta do Barroco. A literatura barroca, de fato, foi reinterpretada, reproposta, re-canonizada e relançada, no século passado, tanto na época do modernismo quanto durante a pós-modernidade, viradas culturais de crucial importância.

    O barroco também envolveu realidades particulares: Apesar de não ter sido um dos centros do barroco brasileiro, o próprio Ceará teve as suas manifestações barrocas. As artes plásticas tiveram expressões barrocas, assim como a arquitetura e a música.

    (Des)Dobras Barrocas: Conexões Transatlânticas entre Artes e Culturas foi o título de um Colóquio Internacional realizado nos dias 26 e 27 de abril de 2017, no Auditório Rachel de Queiroz, e organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da UFC, com coordenação científica dos professores Yuri Brunello, do PPGLetras/UFC, e Francesco Guardiani, da University of Toronto. De tal evento a Edição Abr.-Jun. (2018) da Entrelaces quer apresentar as contribuições, acrescentadas de artigos a serem enviados sobre os seguintes temas: O Barroco dos Antigos e o Barroco dos Modernos; O Barroco em relação ao Renascimento e ao Maneirismo; O Barroco entre a Europa e as Américas; O Barroco e o Neobarroco; O Barroco Nordestino.

    Francesco Guardiani (University of Toronto)

    Yuri Brunello (PPGLetras/UFC)

    Organizadores do Dossiê

  • Temática Livre
    v. 1 n. 11 (2018)

  • Temática Livre
    v. 1 n. 10 (2017)

  • Dossiê "Vidas íntimas: poéticas do Eu"
    v. 2 n. 9 (2017)

    Dossiê Vidas Íntimas: Poéticas do Eu

    Todo texto, em último caso, seria autobiográfico. É Paul de Man, filósofo belga, quem assina essa proposição arriscada, e por isso mesmo polêmica. O pensamento do autor expresso em "Autobiografia como des-figuração" revela bem a dimensão do lugar, ainda incontornável, que a autobiografia e seu modus operandi ocupam no fazer literário e no debate crítico-teórico.

    É desse Eu indiscernível e problemático, levado ao extremo em suas muitas possibilidades de expressão, que se ocupam, por exemplo, as investidas intelectuais de Philippe Lejeune, Georges Gusdorf, Jean Starobinski, Serge Doubrovsky, Beatrice Didier, Leonor Arfuch, Paula Morão, Clara Rocha, dentre outros. Seus textos, fundadores ou não, integram um campo de investigação alicerçado sob consecutivas ressalvas e exceções, posto que cada projeto autobiográfico demanda com frequência a criação de um modelo analítico que lhe sustente. Um campo, portanto, erigido em torno do que a heterogeneidade da vida íntima, pessoal e intransferível, pode oferecer de risco e invenção.

    No plano literário, o Eu encontra lugar propício para a dar vazão as suas subjetividades e idiossincrasias, cujas provas de dispersão e fragmentação são ratificadas justamente pelos suportes que convocam, naturalmente diversos (diários, memórias, cartas, confissões, relatos de viagem). Se se esconde sob a capa protetora de uma persona ficcional, ele muitas vezes impregna com o humor do corpo a superfície do texto. Assim, da pele à página, são muitos aqueles/as que apostaram e apostam sua fichas no jogo arriscado para o qual a autobiografia convida. Entre nomes lembrados e esquecidos, estão Marcel Proust, Lima Barreto, Pedro Nava, Helena Morley, Maura Lopes Cançado, Carlos Sussekind, Renato Pompeu, na prosa; Bandeira, Drummond, Ana Cristina Cesar, Stela do Patrocínio, Teresa Rita Lopes, na poesia.

    Partindo, então, da autobiografia e de suas noções-valises (escritas de si, intimismo, confessionalismo), a  Entrelaces, Revista do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará, apresenta, a seguir, textos que exploram a temática em dossiê intitulado Vidas íntimas: poéticas do Eu. Assim, pertencem ao escopo deste número trabalhos cujos pontos de partida sejam autores, obras e suportes (literários ou não) especialmente interessados nas questões supracitadas.
  • Janela de Si

    Dossiê "Vidas íntimas: poéticas do Eu"
    v. 1 n. 9 (2017)

    Vidas íntimas: poéticas do Eu.

    Todo texto, em último caso, seria autobiográfico. É Paul de Man, filósofo belga, quem assina essa proposição arriscada, e por isso mesmo polêmica. O pensamento do autor expresso em "Autobiografia como des-figuração" revela bem a dimensão do lugar, ainda incontornável, que a autobiografia e seu modus operandi ocupam no fazer literário e no debate crítico-teórico.

    É desse Eu indiscernível e problemático, levado ao extremo em suas muitas possibilidades de expressão, que se ocupam, por exemplo, as investidas intelectuais de Philippe Lejeune, Georges Gusdorf, Jean Starobinski, Serge Doubrovsky, Beatrice Didier, Leonor Arfuch, Paula Morão, Clara Rocha, dentre outros. Seus textos, fundadores ou não, integram um campo de investigação alicerçado sob consecutivas ressalvas e exceções, posto que cada projeto autobiográfico demanda com frequência a criação de um modelo analítico que lhe sustente. Um campo, portanto, erigido em torno do que a heterogeneidade da vida íntima, pessoal e intransferível, pode oferecer de risco e invenção.

    No plano literário, o Eu encontra lugar propício para a dar vazão as suas subjetividades e idiossincrasias, cujas provas de dispersão e fragmentação são ratificadas justamente pelos suportes que convocam, naturalmente diversos (diários, memórias, cartas, confissões, relatos de viagem). Se se esconde sob a capa protetora de uma persona ficcional, ele muitas vezes impregna com o humor do corpo a superfície do texto. Assim, da pele à página, são muitos aqueles/as que apostaram e apostam sua fichas no jogo arriscado para o qual a autobiografia convida. Entre nomes lembrados e esquecidos, estão Marcel Proust, Lima Barreto, Pedro Nava, Helena Morley, Maura Lopes Cançado, Carlos Sussekind, Renato Pompeu, na prosa; Bandeira, Drummond, Ana Cristina Cesar, Stela do Patrocínio, Teresa Rita Lopes, na poesia.

    Partindo, então, da autobiografia e de suas noções-valises (escritas de si, intimismo, confessionalismo), a  Entrelaces, Revista do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará, publica textos de autores interessados/as no tema. Assim, pertencem ao escopo deste número trabalhos cujos pontos de partida sejam autores, obras e suportes (literários ou não) especialmente interessados nas questões supracitadas.
  • 100 anos de Manoel de Barros: poesia da simplicidade
    v. 1 n. 8 (2016)

    Adentrar, tentar analisar literariamente, pensar na poesia do sul-matogrossense e pantaneiro Manoel de Barros, que, neste ano de 2016, se fosse vivo, faria 100 anos, apresenta de imediato um desafio: como entender uma lírica capaz de unir, há um só tempo, a simplicidade que foge ao hermético e ao que deve ser útil e a complexidade de um texto explorador das mais incríveis possibilidades permitidas pela linguagem poética. Em “Teologia do traste”, o eu lírico do poeta reitera que: “As coisas jogadas fora por motivo de traste/ são alvo da minha estima./ Prediletamente latas./ Latas são pessoas léxicas pobres porém concretas./ Se você jogar na terra uma lata por motivo de/ traste: mendigos, cozinheiras ou poetas podem pegar”.

    O saber e o conhecimento, a produtividade e o consumismo, tão ao gosto das sociedades ocidentais modernas, parecem ser alvos do desprezo da poesia de Barros. O poeta inverte os valores da modernidade, o que parece lixo, descarte, para ele, é o que de mais precioso há na poesia: “As coisas sem importância são bens da poesia” (verso de “Matéria da poesia”). Os versos livres de Manoel de Barros rompem com o que é considerado padrão e brincam com a linguagem, provocando e desafiando o leitor. Nada mais apropriado às possibilidades de abertura que só a arte literária é capaz de apresentar em toda a sua plenitude.

    A poesia de Manoel de Barros é moderna e por isto mesmo também se caracteriza por se voltar para ela própria. Ou seja, seu eu lírico frequentemente reflete sobre a principal matéria prima da arte literária, no caso, a linguagem. A metatextualidade é um forte componente da sua poesia. A exemplo do poema VII do “Livro das ignorãças”: “Em poesia que é voz de poeta, que é a voz/ de fazer nascimentos–/ O verbo tem que pegar delírio”. Em entrevista a André Luís Barros, do Jornal do Brasil, perguntado sobre qual o tema do poeta, ele discorre: “O tema do poeta é sempre ele mesmo. Ele é um narcisista: expõe o mundo através dele mesmo. Ele quer ser o mundo, e pelas inquietações dele, desejos, esperanças, o mundo aparece. Através de sua essência, a essência do mundo consegue aparecer. O tema da minha poesia sou eu mesmo e eu sou pantaneiro. Então, não é que eu descreva o Pantanal, não sou disso, nem de narrar nada”.

    Assim, a literatura de Manoel de Barros abre para quem dela usufrui, seja por deleite ou com o objetivo de pesquisa, um leque amplo de possibilidades de análise. E é esta a proposta dessa nova Edição da Revista Entrelaces, do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Ceará (UFC). Uma justa homenagem aos 100 anos de nascimento desse grande poeta brasileiro.

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