A punição simbólica: representações das masculinidades no conto Diga às mulheres que a gente já vai, de Raymond Carver

Autores

  • Pereira da Silva CPS Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), campus de Araraquara.

Resumo

O presente artigo objetiva a análise das representações das masculinidades no conto Diga às mulheres que a gente já vai, do escritor norte-americano Raymond Carver, publicado na coletânea Iniciantes, em 2009. Mobilizando a nomenclatura proposta por Ricardo Piglia (2004), Carver figura como um dos nomes essenciais para a forma breve americana do pós-guerra. O conto narra a história da amizade entre Bill Jamison e Jerry Roberts, dois rapazes da classe trabalhadora que, ao saírem para um passeio e depois de engajarem-se em atividades tipicamente masculinas, um deles estupra e mata uma adolescente. Desse modo, partindo-se dos pressupostos teóricos de Eve Kosofsky Sedgwick (1985), Michael Kimmel (2005), Raewyn Connell (2013) e Judith Butler (2010), pretende-se analisar os sentidos de masculinidades vivenciados pelas personagens Bill e Jerry, os quais, articulados ao denso microcosmo homossocial construído pelos dois personagens, operam na propagação da violência, na perpetuação da masculinidade hegemônica, e na consequente punição simbólica imposta ao gênero feminino por este universo, na tessitura narrativa do conto de Carver.

Biografia do Autor

Pereira da Silva CPS, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), campus de Araraquara.

Mestre em Estudos Literários pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da UNESP, campus de Araraquara.

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Publicado

2020-11-03

Edição

Seção

Estudos Literários