ANÁLISE DAS VARIAÇÕES DO TERMO PROSTITUTA, CORPUS PROFALA.

Autores

  • Juliana Oliveira Barros de Sousa
  • Maria Elias Soares

Resumo

Nosso estudo busca analisar as variações usadas para o conceito de “prostituta", nos dizeres proferidos por estudantes de Angola e de Cabo-Verde, países que têm como uma de suas línguas oficiais: a Língua Portuguesa. Para tanto, utilizamos os dados do corpus do grupo Variação e Processamento da Fala e do Discurso: análises e aplicações (PROFALA), que tem como uma de suas atividades principais a constituição de um corpus do Português falado nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) e no Timor-Leste. Para constituir o corpus, esse grupo de estudos linguísticos realiza entrevistas com estudantes africanos e timorenses. O grupo PROFALA adaptou o questionário ALiB (Atlas Linguístico do Brasil) usado para direcionar as entrevistas com vinte informantes/ estudantes de cada país, a saber: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. O corpus está organizado, também, de acordo com o tempo de permanência no Brasil e com o gênero dos estudantes. Nossa análise segue as bases das pesquisas sociolinguísticas labovianas (LABOV, 1972a) que pressupõem a língua como um sistema condicionado não apenas por fatores inerentes, mas, principalmente, como um sistema condicionado a fatores sociais. Seguimos também Calvet (2007) que aponta para uma política linguística que considere a inter-relação entre língua e sociedade. Para esse estudo, especificamente, fizemos um recorte da questão 142 que está inserida no Campo Semântico "Convívio e Comportamento Social", do Questionário Semântico-Lexical, que se refere ao conceito “da mulher que se vende para qualquer homem”. Através da análise das respostas dos estudantes africanos para tal questão evidenciaremos as variantes lexicais utilizadas por estes para nomear esse conceito.

Publicado

2017-05-31

Edição

Seção

IX Encontro de Pesquisa de Pós-Graduação