A REINVENÇÃO DA LINGUAGEM NA POESIA DE SALGADO MARANHÃO
Resumo
O presente ensaio se propõe analisar a recriação da linguagem na poesia de Salgado Maranhão, percebendo como o poeta inaugura uma nova relação entre as palavras e as coisas na expressão poética de um sujeito lírico que, experienciando cotidianamente a marginalidade social em meio ao caos do espaço urbano, não encontra nas palavras tal como são sentidos suficientes para o que necessita proferir, pondo-as, assim, em conflito com seus próprios significados, subvertendo-os dentro de um verdadeiro jogo de reinvenção da linguagem, furtando às palavras suas significações convencionadas. O escritor francês André Malraux fala em seu livro As vozes do silêncio sobre as palavras-utensílio que marcam o linguajar o cotidiano e que precisam ter seus sentidos reinventados pelo poeta no seu especial uso da linguagem. Correlacionado Salgado às propostas de Malraux, pode-se dizer que o poeta, na sua escritura, vai de encontro ao inevitável silêncio da linguagem. Para essas reflexões, serão trazidos à apreciação poemas escolhidos de obras variadas dentre a vasta criação do escritor, como os livros Punhos da Serpente(1989), Palávora(1995), e O Beijo da Fera(1996), em diálogo com filósofos que se debruçaram, como Salgado Maranhão, sobre os mistérios da linguagem poética. Salgado comenta, em uma de suas entrevistas, desejar “abrir um caminho novo na língua”. É, portanto, percorrendo esses novos caminhos que esse trabalho se escreve
Publicado
2017-05-31
Edição
Seção
XXXV Encontro de Iniciação Científica
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