METODOLOGIA PARA A CONSTITUIÇÃO DO CORPUS PROFALA
Resumo
Em nossa apresentação temos como objetivo a divulgação do corpus PROFALA: Variação e Processamento da Fala e do Discurso Análises e Aplicações e de suas aplicações em produções acadêmicas na área da Linguística. O corpus visa disponibilizar um banco de dados do português falado em países africanos de língua oficial portuguesa (os PALOP) e no Timor-Leste - ver site www.profala.ufc.br - de modo a possibilitar a análise descritiva, sob a perspectiva dos aspectos fonético-lexicais, morfossintáticos, semântico-pragmáticos e discursivos da língua portuguesa, numa visão sociolinguística, geolinguística e discursiva, além de comparações relativas a outras variedades da língua, visando a uma discussão de políticas linguísticas para o português, tornando, assim, a consulta dos dados até agora coletados acessível ao público comum e aos estudiosos destas áreas. A constituição desse corpus surgiu após o ingresso de estudantes africanos e timorenses na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) e na Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio da realização do Processo Seletivo de Estudantes Estrangeiros (PSEE). Para a elaboração do corpus, o Grupo de Estudos Profala adaptou o questionário ALIB (Atlas Linguístico do Brasil) usado para direcionar as entrevistas com vinte informantes/ estudantes de cada país, a saber: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, os classificando quanto ao tempo de permanência do Brasil e Gênero. Seguindo aportes teóricos, como Labov (1972a) que as pesquisas sociolinguísticas devem analisar a língua como um sistema condicionado não apenas por fatores inerentes à langue, mas por fatores sociais, e Calvet (2007) que aponta para uma política linguística que considere a inter-relação entre língua e sociedade.Publicado
2017-05-31
Edição
Seção
XXXV Encontro de Iniciação Científica
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