A IRA NA HECYRA DE TERÊNCIO
Resumo
O presente trabalho propõe realizar uma leitura estoica da Hecyra (160 a.C.) de Terêncio (185-159 a.C.), investigando a presença da ira nessas peças. A delimitação desse corpus de análise, baseia-se na recorrência do termo ira na peça e sua manifestação nas personagens dos senes, Laques e Fidipo. Para o desenvolvimento desta pesquisa, foi utilizado como fundamentação teórica estudos de filosofia helenística sobre a teoria das paixões, sobretudo a respeito da ira, como Rhetorica e Ethica Nicomachea, de Aristóteles, Tusculanae disputationes (45 d.C.), de Cícero, e De ira (41 d.C.), de Sêneca. A análise da peça foi fundamentada principalmente nesses textos de Cícero e Sêneca citados acima, que abordam as paixões por um prisma estoico. Na introdução deste trabalho, foi contextualizado Terêncio, sua obra e sua relação com o estoicismo. No capítulo seguinte, foi apresentado um panorama da teoria das paixões, principalmente quanto ao conceito de ira para as escolas peripatética e estoica. No terceiro capítulo, foi analisada a Hecyra à luz do estoicismo. Além de antigos, também foram utilizados estudos a respeito da teoria das paixões de autores como Martha C. Nussbaum (1994) e Margareth Graver (2002). A pesquisa evidencia, previamente, que podemos encontrar preceitos da filosofia estoica na peça Hecyra de Terêncio. A realização deste trabalho foi possível graças ao apoio financeiro da Capes.Publicado
2017-11-08
Edição
Seção
X Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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