TRADUÇÃO DE POESIA: CRIAÇÃO OU FIDELIDADE?UMA ANÁLISE DA PROPOSTA TRADUTÓRIA DE JOSÉ LIRA PARA TRADUÇÃO DE POEMAS DE EMILY DICKINSON

Autores

  • Alane Melo da Silva
  • Walter Carlos Costa

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma discussão sobre a tradução de poesia, através dos conceitos de criação e fidelidade.Para isso analisaremos a proposta tradutória de José Lira para a tradução da poesia de Emily Dickinson (1830-1886) do inglês para o português brasileiro. Para a realização dessa pesquisa, demos enfoque às traduções dos poemas My river runs to thee (1960), I taste a liquour never brewed (1960) e A sepal, petal and a thorn (1960) traduzidos no livro Alguns poemas (1960); e dos poemas I Came to buy a smile today (1960), Love-thou art high (1960) e Dreams – are well but Waking’s better (1960) do livro A branca voz da solidão (2011), todas realizadas pelo tradutor brasileiro José Lira. Nas obras supracitadas, Lira utiliza três concepções tradutórias para traduzir os poemas de Emily Dickinson para o português brasileiro, nomeadas de recriações, imitações e invenções. Dessa forma, esta pesquisa investiga cada uma dessas concepções tradutórias empregadas na tradução de poemas de Emily Dickinson. Como base teórica, recorremos a D’onofrio (2007), que aborda importantes aspectos da linguagem poética; Arrojo (2007) e Paes (2006), que apresentam e discutem o papel do tradutor na literatura; bem como Britto (2012), Ronái (2012) e Theodor (1976), que discorrem sobre as características da tradução de poesia e Campos (2015) que apresenta o conceito de transcriação para a tradução de poesia.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XI Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação