ANÁLISE ACÚSTICA DOS AMBIENTES DE PRÁTICA E ENSINO DE MÚSICA, UM ESTUDO DE CASO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Autores

  • Galba de Andrade Mesquita
  • Mario Angelo Nunes de Azevedo Filho

Resumo

Uma das definições mais sintéticas de música está na Enciclopédia Barsa que a descreve como “Arte de coordenar fenômenos acústicos para produzir efeitos estéticos” (BARSA, 1994, p. 219). Por essa definição concisa e muito abrangente, destaca-se que não é possível compreender a música sem levar em consideração os elementos de produção e propagação da onda sonora. Este trabalho, portanto, é um estudo de caso que visa caracterizar e analisar acusticamente 5 salas de laboratório do curso de Música da Universidade Federal do Ceará (UFC) no Campus do Pici. A metodologia adotada dividiu-se em duas partes: uma quantitativa, medindo e avaliando parâmetros acústicos das salas e outra qualitativa, com avaliação exploratória in loco com alunos e professores. No viés quantitativo, analisou-se o ruído de fundo, de acordo com a norma NBR 10152 (2017), a relação sinal ruído e inteligibilidade da fala, de acordo com as normas ISO 9921 (ISO, 2003) e IEC 6026816 (IEC, 2011), o tempo de reverberação da sala HL 103, de acordo com a norma ISO 3382-2 (2008) e o tempo máximo de exposição ao ruído, de acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). No viés qualitativo, realizou-se uma pesquisa do tipo survey com 129 questionários aplicados aos usuários das salas, sendo possível analisar a sensibilização dos respondentes quanto a acústica desses ambientes. Os resultados obtidos mostram que as 5 salas e o corredor interno se encontram com ruído de fundo acima do recomendado por norma, a inteligibilidade das salas é caracterizada de regular a bom, o tempo máximo de exposição ao ruído durante as aulas é de alerta para as salas HL 102 e HL 103, o tempo de reverberação da sala HL 103 é de aproximadamente 1,2s e está em níveis próximos aos recomendados pela norma NBR 12179 (1992) para salas de música. Somando-se a isso, nota-se uma desaprovação do conforto acústico pelos usuários desses ambientes.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação