O FIM DA ARTE E O FIM DA HISTÓRIA DA ARTE NA ARTE CONTEMPORÂNEA

Autores

  • Lucas Oliveira de Lacerda
  • Bruna Nogueira Ferreira de Sousa
  • Gabriel Mitzrael Nogueira Pinto
  • Oscar de Queiroz Holanda Neto
  • Arthur Siebra Barreto
  • Ada Beatriz Gallicchio Kroef

Resumo

O filósofo alemão Hegel (1770-1831) reflete o desenvolvimento do espírito em três estágios: o subjetivo, o objetivo e o absoluto. O espírito absoluto possui três expressões: a arte, a religião e a filosofia. A arte expressa o espírito absoluto através da matéria e, por isso, é menos espiritual que a expressão da religião e da filosofia. A arte possui três formas de arte: a simbólica, a clássica e a romântica. A arte romântica possui três artes particulares: a pintura, a música e a poesia. Para Hegel, o movimento dialético da arte faz com que ela vá se despregando da forma material e dando espaço ao conteúdo espiritual. No fim desse movimento dialético, a arte morre e se torna obsoleta aos interesses do espírito, dando lugar à religião e, posteriormente, à filosofia. O filósofo Arthur Danto (1924-2013), em seu livro “O descredenciamento filosófico da arte” (1986), interpreta o fim do movimento dialético em Hegel não como o fim da arte, mas como o fim da história da arte. Para ele, o método dialético de construção da narrativa da História da Arte ficou obsoleto com o surgimento da arte contemporânea. A partir disso, o objetivo da pesquisa foi investigar um novo método para a História da Arte Contemporânea. Para isso, a partir da metodologia de estudo grupal do livro “Cursos de Estética I” (2001), de Hegel, do texto “Crítica de arte após o fim da arte” (2013), de Danto, e do livro “Diante do tempo: história da arte e anacronismo das imagens” (2015), de Georges Didi-Huberman, obtevemos os seguintes resultados: 1) O objeto da História da Arte Contemporânea não é mais as obras de arte, mas é o tempo expresso nas imagens; e 2) O método da História da Arte Contemporânea não é o mais o método dialético, mas é o método da montagem de tempos anacrônicos. Por fim, concluímos que o problema do fim da arte e do fim da História da Arte são resolvidos a partir da substituição de uma fundamentação de uma ideia de tempo linear por uma fundamentação de uma ideia de tempo anacrônico.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação