EÇA DE QUEIRÓS DESCORTINA O MUNDO OPERÍSTICO: OS ECOS DE UMA PESQUISA NO ESTÁGIO EM DOCÊNCIA

Autores

  • PatrÍcia Rodrigues de Souza
  • Atilio Bergamini Junior

Resumo

Esta comunicação pretende não apenas relatar a experiência de estágio de docência promovida por meio de um curso intitulado “Eça de Queirós: um orquestrador de óperas na Literatura”, mas, também, apresentá-la para problematizar o papel da pesquisa na esfera da docência. Para isso, tomo como base teóricos como Pedro Demo (1991, 1994, 1997), Edgar Morin (2005) e Silvio Paulo Botomé (1996). O curso foi realizado durante o semestre de 2019.1, como cumprimento da disciplina-atividade Estágio de Docência I (HGP0147) no formato de regência, e constitui parte integrante da pesquisa da discente, vinculada ao curso de Mestrado do Programa de Pós Graduação em Letras (UFC). O docente José Leite de Oliveira Júnior supervisionou a atividade. Na obra “Pesquisa alienada e ensino alienante” (1996), Botomé admite ser fundamental uma pesquisa ser socializada para que atinja, de fato, sua relevância no âmbito científico. O referido estágio, em formato de curso, visou a reverberação da pesquisa num vínculo à docência. Isto pareceu ser relevante, seja para o estagiária, que buscou aliar-se a uma nova proposta, seja para o aluno interessado em conhecer uma abordagem pouco presente em aulas convencionais. Nosso curso visava mostrar os aspectos da ópera expressos nas obras do autor de O Primo Basílio. Percebeu-se que o curso capacitava os estudantes a uma melhor compreensão de sua obra e também possibilitava a percepção das relações entre o autor e o cenário operístico oitocentista. Em uma autoavaliação da estagiária, notou-se que a atividade oportunizou uma confluência rara entre pesquisa e atividade pedagógica.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XI Encontro de Docência no Ensino Superior