OS AFETOS NO ENSINO DE FILOSOFIA

Autores

  • Lucas Oliveira de Lacerda
  • Sylvio de Sousa Gadelha Costa

Resumo

O filósofo holandês Benedictus de Spinoza (1632-1677) demonstrou uma teoria dos afetos como base fundamental para a compreensão do homem. Para ele, o homem é um grau de potência que possui uma potência de afetar e de ser afetado. A partir disso, o objetivo da pesquisa é investigar e experimentar o uso dos afetos no ensino de filosofia, a fim de inventar novas práticas didático-pedagógicas que contribuam para um ensino-aprendizagem filosófico. Para isso, através do estudo do livro “Ética – Demonstrada em ordem geométrica” (1677), de Spinoza, e dos livros de Gilles Deleuze “Espinosa: filosofia prática” (1981), “Conversações” (1990), “O que é a filosofia?” (1991), escrito com Félix Guattari, e “Diálogos” (1995), escrito com Claire Parnet, inventamos e experimentamos novas práticas didático-pedagógicas, a partir do uso dos afetos na aula de filosofia, e obtivemos os seguintes resultados: 1) A potência do corpo no ensino de filosofia e o paralelismo entre corpo e mente expresso nos afetos; 2) A solidão, o silêncio e a atenção como afetos filosóficos; 3) A duração como instauração de uma temporalidade filosófica; 4) O devir-filósofo do professor e o devir-professor do filósofo; 5) A pergunta como afeto, força e violência no pensamento; e 6) A arte como criação de afetos e perceptos intercessores da criação filosófica do conceito. Por fim, concluímos a importância dos afetos no ensino de filosofia a partir da experimentação de novas práticas didático-pedagógicas que usem o corpo, a solidão, o silêncio, a atenção, a duração, o devir, a força e a arte como afetos que contribuam para um ensino-aprendizagem filosófico.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XI Encontro de Docência no Ensino Superior