PROTEGENDO AS TARTARUGAS MARINHAS NA RMF DE FORTALEZA: ATUAÇÃO DO PROJETO INTERPESCA
Resumo
As tartarugas marinhas são répteis marinhos de hábitos migratórios, com ciclo de vida relativamente longo, muitas particularidades reprodutivas e atualmente encontram-se em perigo de extinção e protegidos por leis federais.Das sete espécies existentes, cinco habitam o Brasil e o Ceará. O Projeto INTERPESCA, do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Ceará foi criado em 2016 com o intuito de estudar as ações antrópicas não intencionais sobre a biota aquática, com ênfase nas tartarugas marinhas. A área de atuação do projeto abrange o trecho entre os Portos do Mucuripe e do Pecém, na região metropolitana de Fortaleza-CE. Dentre as principais atividades desempenhadas estão o monitoramento de praias para registro de encalhes e ocorrência de ninhos de tartarugas, operações de limpeza de praia, atividades de educação ambiental e conscientização. Até o presente momento o Projeto INTERPESCA já realizou 28 limpezas de praia, e retirou mais de 10 toneladas de plástico do ambiente. Um total de 15 ninhos já foram monitorados, com registro de nascimento de mais de mil filhotes , e 150 encalhes de animais mortos desde o início de suas atividades em 2016. Dentre as principais causas dessas mortes estão a ingestão de plástico (verificada em 90% dos indivíduos examinados), seguido pelas interações passivas com artes de pesca e por doenças como a fibropapilomatose. O Projeto também conta com a importante colaboração dos voluntários parceiros, moradores, comerciantes e frequentadores das praias, que notificam sobre encalhes e ninhos através das redes sociais (facebook, instagram e website) e também por meio do aplicativo para celular "Tartarugando", criado pelo projeto e disponibilizado gratuitamente na plataforma playstore. Os dados científicos servirão para elaborar um diagnóstico sobre o status das interações com a biota aquática e servirão como embasamento para a elaboração de políticas públicas para monitoramento e preservação destes animais.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XI Encontro de Docência no Ensino Superior
Licença
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