SAÚDE E ADOECIMENTO DE POLICIAIS MILITARES DE FORTALEZA/CE
Resumo
INTRODUÇÃO: O trabalho exercido pela Polícia Militar, envolvendo a complexidade da situação de violência que estão condicionados, tem sido associado a diversos efeitos negativos para sua saúde física e mental. OBJETIVO: Descrever as condições de saúde e adoecimento de policiais militares (PM) atuantes no município de Fortaleza/CE. METODOLOGIA: Estudo de campo, descritivo, a partir de uma amostra de 47 policiais militares de um Batalhão de Policiamento Ostensivo Geral, em Fortaleza, Ceará, no período de agosto de 2019. As informações foram coletadas por meio de um questionário eletrônico autoaplicável incluso no Survey Monkey, enviado a cada participante. Realizada análise descritiva a partir da ferramenta do software. RESULTADOS: A maioria dos participantes era do sexo masculino (87,2%), atuantes da modalidade de Policiamento Ostensivo Geral de Viatura (59,6%), com média de idade de 33,0 (± 5,81 anos), 51% faziam escala extra remunerada na polícia, 17,1% fora da polícia e com ensino superior incompleto ou completo (42,5% e 29,8%) e 27,7% dos policiais trabalharam anteriormente com serviços ou comercio. Quase metade (44,7%) dos PM considera seu estado de saúde bom, sendo que 66% negam hipercolesterolemia e 78,7% negam hipertensão, 80,9% negam diabetes mellitus e 89,4% nunca sofreram um acidente vascular encefálico. Em relação a sinais psicológicos, 23,4% afirmaram apresentar tremores nas mãos, 61,7% sentiam-se nervosos ou preocupados, 27,7% queixaram-se de dispepsia, 19,1% apresentavam dificuldade para pensar com clareza, 40,4% se sentiram tristes ultimamente e 29,8% encontram dificuldades para realizar suas atribuições com satisfação. CONCLUSÃO: Apesar dos policiais considerarem sua saúde boa, muitos deles sofrem com sintomas de estresse, ansiedade e tristeza, reforçando a relação entre o trabalho e o processo de saúde e adoecimento desses profissionais.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XI Encontro de Docência no Ensino Superior
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