TECENDO RELAÇÕES ENTRE A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM.

Autores

  • Jose Valmir Guimaraes de Oliveira
  • Alberto Filho Maciel Maia
  • Francisco Assis Carneiro Filho
  • Marcos Antonio Martins Lima

Resumo

Para compreender a relação entre Pedagogia e Filosofia, mostrando que por um lado a Pedagogia caminha a partir de uma posição filosófica definida, pois não existe uma pedagogia que esteja isenta de pressupostos filosóficos, sociológicos e políticos. Há que se compreender que as relações complexas e mediatizadas entre educação, sobretudo a escolar, e sociedade. Algumas abordagens pedagógicas procuram interpretar o papel da educação na sociedade. Podem ser conceitualmente identificadas como: a) educação como redenção social; b) educação como reprodução da sociedade e c) educação como transformação da sociedade. Pretende-se apresentar inicialmente um panorama destas tendências no sentido de contextualizá-las ao leitor, mas são as concepções com foco na transformação social o interesse maior deste trabalho. Sendo mais específico, a tendência histórico-crítica, também conhecida por Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos, definida por Saviani em: “Escola e Democracia”. Apresenta-se o momento em que surge essa teoria, suas principais características, contexto social e teórico e seus pressupostos de aprendizagem. Nosso intento é tecer relações entre os pressupostos das tendências pedagógicas críticas com os pressupostos da avaliação, sobretudo suas últimas gerações. Sobre as gerações da avaliação, há fases que se ocupam tão somente na mensuração de resultados, desprezando todos os fatores de contextos, modelo de avaliação impensados atualmente, passando por gerações voltadas para a negociação, para o diálogo, para a formação, para a compreensão dos conteúdos aprendido pelos alunos, até uma geração da avaliação voltada para a ação social e para a atividade política, possuidora de práticas avaliativas participativas, valorizando a relação professor e aluno, focando nos fatores contextuais e partindo da realidade social do aluno e propondo a transformação social. Considera-se que este é o modelo de avaliação compatível com a Teoria Crítica-Social dos Conteúdos.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XI Encontro de Docência no Ensino Superior