INTERAÇÃO FACE A FACE E HABILIDADES SOCIAIS: UMA REFLEXÃO ANTROPOLÓGICA ENTRE PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE APRENDIZAGEM COOPERATIVA EM CÉLULAS ESTUDANTIS – PACCE, DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC

Autores

  • Nicole Brito de Sena
  • Ivna Oliveira Rozas
  • Sergio Ricardo Braga Moura Filho

Resumo

O objetivo deste artigo é fazer uma revisão bibliográfica buscando analisar a presença ou não de pilares da aprendizagem cooperativa em uma abordagem proposta por antropólogos entre etnias nativas. A metodologia da AC se constitui com base em cinco pilares, a saber: interação face a face, habilidades sociais, interdependência positiva, responsabilidade individual e processamento de grupo. Esse artigo tem enfoque nos dois primeiros pilares citados a fim de que eles sejam observados antropologicamente sobretudo em relação ao método etnográfico. Como metodologia, foi utilizado uma revisão bibliográfica dos principais antropólogos precursores nas pesquisas em campo com nativos; sendo feita uma pesquisa documental com obras e periódicos da área antropológica de tal maneira que fossem coletados registros escritos de como os antropólogos formularam suas teorias frentes ao contato com o “outro”. Entre os resultados, pôde-se observar que o choque cultural entre os antropólogos e os nativos se estabeleceu em um contexto no qual o etnocentrismo não poderia se sobrepor ao relativismo cultural. Dessa forma, eles baseavam suas experiências etnográficas em um contato direto e intenso com o “outro” de tal maneira que essa interação necessitaria de um novo olhar relativista, portanto, exigiria assim, certas habilidades para lidar com aquele diferente ao seu modo de viver. Embora os pilares como a interação face a face e as habilidades sociais não sejam utilizadas explícita e categoricamente no fazer antropológico, foi possível concluir que aspectos desses pilares estão presentes na base da vivência etnográfica.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XI Encontro de Aprendizagem Cooperativa