A OFICINA DE CÂMARA ESCURA COMO INSTRUMENTO PARA EDUCAÇÃO MUSEAL E APRENDIZAGEM HISTÓRICA

Resumo

O presente resumo, reside da elaboração de um produto, fruto do Programa Institucional de Bosas de Inovação, experiência de construção do Núcleo Educativo do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (MAUC), projeto que integra o Programa Institucional de Bolsas de Inovação. A Oficina de Câmara Escura consiste em uma atividade de produção do objeto que antecede a fotografia, a Câmara Escura. Sua primeira execução ocorreu no evento Férias no MAUC, foi realizada em parceria a publicitária Izabelle Louise Monteiro , e fixou-se na programação de outros eventos promovidos pelo Museu. Tem-se por objetivo com a oficina, desnaturalizar a noção de que a fotografia foi desde a sua invenção praticada da forma como entendemos hoje. Sendo também objetivos da realização da oficina, a compreensão histórica de que as técnicas as quais temos acesso na contemporaneidade são frutos de processos e mobilizações de sujeitos no passado, e a reflexão acerca do espaço do museu como um local dinâmico, de criação, produção e comunicação. A oficina tem como público alvo crianças de 5 a 12 anos, acompanhadas de seus responsáveis. Inicia-se com um diálogo entre a educadora e as crianças, onde se discute acerca da trajetória da fotografia, indo desde sua criação e o contexto em que é popularizada, até a sua chegada nos smarthphones. Após esse momento, iniciamos a construção do objeto, e quando finalizado dialogamos sobre os resultados, momento em que as crianças relatam como foi a experiência. Por fim, as crianças são direcionadas para a parte externa ao Museu para utilizar de seu mais novo experimento. A produção do objeto é realizada com materiais simples e acessíveis, sendo estes caixas de sapato, cartolinas, papel manteiga e uma lata de metal. A intenção é mobilizar as crianças para um fazer criativo, correlacionando arte e ciência, por meio de práticas educativas que instiguem a autonomia e a aprendizagem histórica.