A RELAÇÃO ENTRE TRANSTORNO MENTAL E HIPERALGESIA NO OMBRO: RELATO DE CASO

Resumo

Objetivo: relatar a vivência de acadêmicos na avaliação e tratamento de um paciente com hiperalgesia no ombro e ansiedade. E fomentar a importância de se verificar o contexto biopsicossocial dos pacientes, que pode interferir de forma significativa em seu prognóstico. Metodologia: Os estudantes escolheram um prontuário de um paciente que realizou sua avaliação e atendimento no setor de Fisioterapia na UAPS Anastácio Magalhães. Caso clínico: M. S. B. 64 anos, mulher, dona de casa, em união estável, tem uma filha de 22 anos. Saiu do interior aos 26 anos para capital em busca de emprego, aos 32 anos teve a primeira filha que faleceu aos 4 meses; aos 42 anos teve a segunda filha, teve aos 43 anos um aborto. Há nove meses cuida de um indivíduo acamado. Iniciou quadro álgico ao movimento em ombro direito. Tomou ibuprofeno; ao segurar o cachorro, evoluiu com dor e estalido. Na ultrassonografia do ombro direito apresentou tendinopatia do supra espinhal, com sinais de ruptura parcial associada e sinais de artrose na articulação acrômio clavicular. Possui histórico de depressão familiar (pai), depressão na adolescência, hipertensão, taquicardia e cardiopatia. Passou por tratamento no CAPS durante 10 anos. Resultados: A partir da avaliação foi desenvolvido um protocolo de atendimento que consistia em técnicas de alongamento e fortalecimento muscular. Além disso, foi proposto o acompanhamento multidisciplinar que trouxe bons resultados com o acompanhamento psicológico. Conclusão: Foi possível aprender que a dor está relacionada com diversos aspectos, incluído psicológico e que pode ser exacerbada por eles. Também foi possível desenvolver o raciocínio crítico acerca do processo de acompanhamento ao valorizar o contexto em que os indivíduos estão inseridos e a forma com que eles se relacionam com o meio ao seu redor.