BOTÂNICA NO COTIDIANO: UMA ABORDAGEM INCLUSIVA
Resumo
Ensinar é um desafio diário, mas se torna ainda maior quando o docente se depara com alunos deficientes. Adaptar as aulas nem sempre é fácil, mas a deficiência não pode nem deve ser vista como obstáculo para o ensino-aprendizagem. No Ceará, há a terceira maior população de deficientes visuais do Brasil e, pensando nisso, resolvemos adaptar uma aula de plantas medicinais para alunos cegos, como parte da atividade da disciplina de Biologia de Campo Aplicada ao Ensino, ofertada pelo curso de Ciências Biológicas. A aula foi pensada para alunos do 2° ano do ensino médio e os alunos da disciplina se encarregaram de simular esse papel. Utilizamos as plantas do Horto de Plantas Medicinais da UFC, para a coleta de amostras para construção de herborizado táctil como os canteiros para material sensorial. Com o material coletado confeccionamos exsicatas sensoriais, com espaços para os alunos preencherem as informações solicitadas. Os alunos se organizaram em duplas (um simulando deficiência visual com venda e outro guiando o colega), e falamos sobre plantas medicinais, seu histórico de utilização, além do uso exacerbado de medicamentos ditos tradicionais. Os alunos foram estimulados durante a visita, para que cheirassem e tocassem algumas plantas, percebendo-as com os demais sentidos na busca de características para sua identificação e utilização. Apesar da disciplina ter nos despertado para a prática pedagógica inclusiva e nos possibilitar novas abordagens para o ensino inclusivo de biologia, sentimos que os alunos se dispersaram durante a caminhada no horto e nem todos conseguiram ouvir o que falávamos. Dessa forma, em uma situação real deveríamos permitir que os alunos explorassem o horto com ajuda de mais monitores, e eles mesmos trouxessem os questionamentos das plantas que se interessaram, sem que houvesse o estabelecimento prévio de uma rota e materiais a serem observados.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Experiências Estudantis
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