ESTUDANDO FISIOLOGIA, PENSANDO EM ACESSIBILIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Resumo

INTRODUÇÃO: A Universidade é tida como espaço de inclusão dos diversos grupos sociais. Assim, as disciplinas devem adaptar-se à realidade das minorias discentes, como os deficientes visuais, visto que é uma realidade cada vez mais presente no ambiente acadêmico. OBJETIVOS: Relatar a experiência que trata da realidade de um professor de Fisiologia e de uma estudante de Psicologia que apresenta cegueira total em ambos os olhos e que cursou a disciplina de Fisiologia durante o ano de 2018. METODOLOGIA: Estudo do tipo relato de experiência. Durante a passagem pela disciplina, foi constatado que seria necessário se desenvolver, com meios próprios, ferramentas que explorassem outros campos de percepção sensorial para apreensão do conteúdo. Em vista disso, em conjunto com a educanda, o professor acessibilizou as aulas do Módulo I de Fisiologia Básica, ministrando as aulas com exposições áudio-descritivas do conteúdo e também elaborando uma maquete representativa das sinapses nervosas em alto-relevo. RESULTADOS: A forma como as aulas são tradicionalmente apresentadas torna o entendimento muito abstrato para quem não tem a experiência ilustrativa das imagens visuais. Dessa forma, há dificuldades que a atual modalidade de ensino propicia para as formas de aprendizagem que se distanciam dos padrões já consolidados. Contudo, por meio de percepções diferentes na abordagem do tema, houve uma assimilação melhor do assunto, decorrendo a disciplina com saldo positivo. CONCLUSÃO: O ensino de fisiologia na UFC não está preparado para receber deficientes visuais. Logo, é de fundamental importância a adoção de metodologias acessíveis e inclusivas no ensino da fisiologia para que as demandas das pessoas com deficiência possam ser atendidas, a fim de que se tenha a oportunidade de construir competências que possibilitem a aplicação desses conhecimentos conforme seja apropriado para suas respectivas formações.