OFICINAS EM MUSEUS, COMO DESENVOLVER O POTENCIAL CRIATIVO DE CRIANÇAS A PARTIR DAS RELEITURAS.

Resumo

O presente trabalho trata sobre as experiências desenvolvidas durante o período de funcionamento do núcleo educativo do Museu de Arte da UFC (MAUC) no ano de 2019, bem como possibilidades para os anos subsequentes. Busca identificar as contribuições que o Núcleo Educativo deu para o desenvolvimento da estética através de oficina de autorretrato. A oficina de autorretrato surgiu fruto da necessidade de desenvolver um produto para o MAUC, desta forma, foi pensada uma oficina que pudesse tornar o ambiente do Museu um espaço onde crianças pudessem desenvolver sua autonomia e protagonismo. A oficina teve por base bibliográfica os conceitos de Ludicidade de Luckesi (2002) e abordagem triangular de Ana Mae Barbosa (citado por BARROS, 2016). A abordagem do projeto é voltada para que os alunos vivenciam aspectos técnicos, inventivos e de expressão (FERRAZ; FUSARI. 1993). Os resultados obtidos a partir das anotações realizadas durante a mediação das oficinas nos mostram que os participantes puderam vivenciar uma plenitude de experiência com a oficina, puderam criar um maior diálogo com museu e suas dependências e exercitaram sua capacidade inventiva e de expressão ao construir sua própria arte. Conclui-se, portanto, que o projeto de oficinas ofertado pelo MAUC e mediado pelos bolsistas do Núcleo Educativo deve permanecer como uma atividade permanente, pois, pode contribuir com o desenvolvimento estético das crianças que participaram. A diferença seria propor outros tipos de oficina como de releituras diversas (poesia, teatro, pintura, dentre outras) das obras expostas no MAUC. Cabe frisar nos resultados a importância das oficinas no fechamento do arco metodológico proposto pela Ana Mae com a proposta triangular. Ou seja, as oficinas também cumprem o papel de realizar na prática aquilo que a autora elabora como o ver, o desvelar e o fazer, portanto, se integrando como um complemento muito importante às visitas mediadas.