ENSINO DE MUSICOGRAFIA BRAILLE NA UFC: UMA INICIATIVA DO PET - EDUCAÇÃO MUSICAL
Resumo
O avanço rumo à Inclusão no curso de música da Universidade Federal do Ceará tem acontecido de forma gradual, porém ainda com barreiras físicas e atitudinais. Por iniciativa do PET - Educação Musical, através do Grupo de Estudos em Educação Musical Inclusiva, pesquisas na área têm sido realizadas. Atualmente dois alunos cegos têm matrícula ativa, o primeiro, ingressante em 2016, já entrou no curso com conhecimento prévio em musicografia braille. O segundo, ingressante em 2018, ainda não tinha domínio sobre a escrita musical no código. Em virtude disto e tendo como auxílio os conhecimentos prévios do primeiro, pode-se criar uma atividade de ensino que estimula a aprendizagem compartilhada deste saber. O objetivo desta pesquisa é contribuir com a discussão sobre inclusão no curso de música, apresentando alguns resultados já evidentes nestes quase dois anos de atividade. Neste contexto, o presente trabalho relata a experiência de bolsistas do PET - Educação Musical no apoio que vêm dando no ensino de Musicografia Braille. Utiliza-se como instrumento de apoio e base teórica os estudos de Dolores Tomé (2003). Como resultado é possível notar a crescente aquisição de conhecimento do código e uma considerável melhoria da leitura musical e escrita musical do aluno, bem como da percepção rítmica e melódica. Também um grande interesse foi despertado nos colegas do estudante pela Musicografia Braille. Podemos concluir, com esta experiência ainda em andamento, que com iniciativa, respeito, e buscando superar as barreiras, principalmente as atitudinais, é possível lidar com a diversidade e a complexidade das situações relacionadas à inclusão. Precisamos estar atentos às particularidades de cada aluno, buscando compreendê-las para que o conhecimento seja acessível a todos.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
VI Encontro de Programas de Educação Tutorial
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