EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS COMO DISPOSITIVO DE PODER: O SABER UNIVERSALIZANTE DOS POUCOS
Resumo
A princípio, para a máxima compreensão dos objetivos deste trabalho, é preciso compreender que a epistemologia das Ciências Sociais busca analisar a natureza do conhecimento do homem, esse saber condiz com o conhecimento eurocêntrico ocidental que foi universalizado e implantado por meio do sistema colonizador econômico europeu, que se reflete não apenas no cânone das universidades, mas em qualquer instituição de ensino ocidental e, principalmente, no conhecimento do cotidiano e descompromissado que o indivíduo possui. Sendo assim, ao analisar as bases em que formou-se a epistemologia das Ciências Sociais, percebe-se o privilégio epistêmico do homem europeu ocidental, sendo este elemento explicado por fatores históricos que retomam a colonização dos povos e o epistemicídio decorrente desse fenômeno. Dentro dessa perspectiva, o presente trabalho objetiva analisar e discutir as estruturas epistêmicas eurocêntricas nas instituições educacionais, principalmente, na área de Ciências Sociais, que tem como consequência a construção e exaltação de obras construídas em um processo de crescente marginalização e inferiorização epistêmica do outro, decorrente da perspectiva e premissa eurocêntrica de alguns cientistas sociais na realização de pesquisas, acarretando em um ciclo vicioso de privilégio epistêmico nessa área. A metodologia aplicada no trabalho voltou-se a uma revisão bibliográfica de autores decoloniais como Aníbal Quijano, Ramón Grosfoguel e Walter Mignolo, e na análise de ementas do cursos de Ciências Sociais das universidades brasileiras.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
VI Encontro de Programas de Educação Tutorial
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