FACILITAÇÃO DA LINGUAGEM TÉCNICA COMO METODOLOGIA DE ATUAÇÃO DO ARQPET EM COMUNIDADES NA LUTA PELO DIREITO A MORADIA E DIREITO À CIDADE.

Autores

  • Carolina Jorge Teixeira Guimaraes
  • Stelme Girao de Souza
  • Luisa Fernandes Vieira da Ponte
  • Debora Costa Sales
  • Clarissa Figueiredo Sampaio Freitas

Resumo

Muito do trabalho de assessorar uma comunidade é aliar o conhecimento técnico ao protagonismo dos moradores em questão. Para que isso ocorra de maneira construtiva é necessário que a linguagem acadêmica e profissional sejam facilitadas/traduzidas a fim de se tornarem mais acessíveis para a sociedade, que normalmente não tem contato com conceitos técnicos ou a linguagem acadêmica. Existem diversas estratégias que podem ser adotadas por assessorias para que comunidades consigam se apropriar desses conhecimentos e, nos últimos semestres, o grupo ArqPET UFC vem aplicando algumas dessas metodologias no decorrer dos seus projetos extensionistas. Um desses projetos foi o desenvolvimento de um glossário para o Plano Popular da ZEIS Bom Jardim, a produção de cartilhas ilustrativas e vídeos explicativos, elementos que, em sua essência, explicam conceitos científicos e dão maior possibilidade para que o Plano seja compreensível e passível de apreensão em contextos não acadêmicos. Outra atuação envolveu a elaboração de oficinas interativas para a tomada de decisões no território, por meio de formação técnica pela comunidade, mas também sendo momento de troca de conhecimento entre alunos da UFC, moradores e profissionais. Um exemplo de oficina foi a formação sobre o Plano Diretor e o Fortaleza 2040 solicitada pela ZEIS Bom Jardim e realizada por bolsistas do PET Outro exemplo foi uma reunião de apresentação do Plano Popular e das metodologias utilizadas para outras comunidades delimitadas como ZEIS, que mostraram interesse em elaborar seus próprio planos. Essas apropriações do conhecimento técnico por comunidades representam instrumentos de poder para moradores que vivem em um contexto que nega direitos e os colocam em fragilidade. Dessa forma, essas tarefas de tradução tornam-se elementos capazes de tornar as comunidades protagonistas na cidade e são postas como prioridade nas atividades do grupo ArqPET, contribuindo com a aplicação do dever social da extensão universitária.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

VI Encontro de Programas de Educação Tutorial