GRUPO DE ESTUDOS DECOLONIAIS

Autores

  • Rodrigo Franklin Salviano de Carvalho
  • Rodrigo Lopes Costa
  • Natali Lima de Carvalho
  • Matheus Rodrigues Nunes
  • João Gabriel Soares Gomes
  • Gustavo Luiz de Abreu Pinheiro

Resumo

A universidade é um lugar de produção de conhecimento e se faz necessário ocupá-lo de forma consciente e crítica. Quantas pessoas negras existem no ambiente acadêmico? Quantas professoras e professores negres ou indígenas podemos ver no corpo docente? Quantas autoras negras podem ser encontradas nas ementas das disciplinas? Como questões de racismo e sexismo são discutidas dentro e fora do espaço acadêmico? O Grupo de Estudos Decoloniais nasce em meio à esses questionamentos como um projeto de pesquisa desenvolvido pelo PETCom em conjunto com o Laboratório de Arte Contemporânea. A universidade é um espaço branco onde o direito de fala tem sido negado às mulheres, pessoas negras, indígenas, dissidentes de gênero/sexualidade e não-cristãs por um pensamento branco-moderno-europeu que é colocado como universal, legítimo e único. O objetivo do projeto é trazer à tona outras vozes e suas formas de ver, pensar e criar mundos, através da discussão de temas como Arte, Colonialidade, Decolonialidade, Conhecimento, Comunicação, entre outros campos através do estudo de teóricas/os latino-americanas/os e africanas/os. Os encontros quinzenais foram marcados por discussões, debates, relatos de experiência e conversas bastante necessárias para pensar novos modos de ocupar e reexistir na academia e na sociedade como um todo. A bibliografia contou com diversos textos, de autores extremamente importantes na discussão decolonial e que trazem consigo um conhecimento ancestral, como: Grada Kilomba, Carolina Maria de Jesus, bell hooks, Lélia Gonzalez, Jota Mombaça, Maria Clara Araújo, Abdias Nascimento, entre outras/es. A sala manteve sempre um bom número de pessoas, entre elas: bichas, artistas, nb, assistentes sociais, lésbicas, bis, educadoras/es, pretas, candomblecistas falando e se ouvindo. Fazendo nascer um espaço de escuta, afeto e desmonte. Rompendo com um silenciamento histórico e violento que tem suas origens fincadas no processo de colonização do Brasil.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

VI Encontro de Programas de Educação Tutorial