MODELAGEM DA INFORMAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO URBANA: APLICAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NOS PLANOS INTEGRADOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DAS ZEIS

Autores

  • Stelme Girao de Souza
  • Carolina Jorge Teixeira
  • Luisa Fernandes Vieira da Ponte
  • Debora Costa Sales
  • Clarissa Figueiredo Sampaio Freitas

Resumo

O presente trabalho relata práticas em assentamentos informais que se utilizaram de novas tecnologias de modelagem da informação para a regulamentação urbanística de três Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) de Fortaleza. As reflexões aqui contidas foram geradas a partir da participação do ArqPET UFC na composição da equipe responsável pela elaboração dos Planos Integrados de Regularização Fundiária (PIRF), cujo principal objetivo é o reajuste das normas e parâmetros legais da cidade formal à realidade sócio-espacial das comunidades. Dada a insuficiência de informações oficiais para análise e diagnóstico desses territórios, o trabalho demandou a construção e atualização da base cadastral urbana (Costa Lima et all, 2019; Freitas et all, 2013). Esse procedimento exigiu um longo processo de manipulação de dados pela equipe. Nesse momento, a utilização de métodos de modelagem da informação urbana, ou seja, ferramentas que lidam com análises e representações de informações sobre a cidade, foi essencial para entender a morfologia dos assentamentos estudados. Os novos dados gerados eram assim armazenados dentro de um banco de dados dinâmico que, conectado diretamente a softwares de geoprocessamento e modelagem algorítmica (Rhinoceros + Grasshopper), permitiram a produção de mapas e maquetes físicas, utilizadas em oficinas com os moradores das ZEIS. As experiências do grupo de produção, manipulação e sistematização dos dados urbanísticos revelam diversas finalidades para os produtos gerados. (1) serviram para facilitar a apreensão da forma de organização espacial do assentamento pelos moradores; (2) serviram também para a visualização dos impactos gerados por cada mudança de parâmetros sugerida facilitando a produção de inúmeros cenários distintos. Esse entendimento serviu de suporte para o processo de regulamentação da ZEIS, a partir do momento em que o morador possuía as ferramentas necessárias para a tomada de decisão sobre a sua própria comunidade.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

VI Encontro de Programas de Educação Tutorial