SONORIDADES MÚLTIPLAS E MARGEMNOW: AS "FORTALEZAS"

Resumo

Este trabalho é um relato sobre as mais recentes pesquisas do grupo Sonoridades Múltiplas, coordenado pela Profa. Dra. Consiglia Latorre e a Profa. Dra. Emyle Daltro, cujas ideias são fundamentadas por autores como Chefa Alonso (2008), Hans-Joachim Koellreutter (1983, 1985) e Murray Schafer (1991, 2001, 2011). O Sonoridades Múltiplas é um grupo de pesquisa vinculado ao Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Música criado em 2012 que investiga práticas em improvisação livre dentro de diferentes perspectivas, as cujas, segundo Latorre (2014), junto com a questão da interdisciplinaridade, compõem a espinha dorsal da experiência do grupo de pesquisa Sonoridades Múltiplas. Essa junção de alunos dos diferentes cursos resulta em composições em tempo real que abordam um universo cênico-sonoro-imagético com contribuições de alunos do Cinema, Dança, Música e Teatro, sendo assim, a metodologia desse trabalho é a pesquisa-ação, já que todos os membros envolvidos no grupo estão ativamente moldando a pesquisa. Nos semestres 2018.2 e 2019.1, o grupo Sonoridades Múltiplas focou em experimentações que instigavam todos os participantes a mergulharem em improvisações cênicas, sonoras e imagéticas, e então em 2019.2, o escopo passou a focar em improvisações baseadas nas nossas interpretações da cidade de Fortaleza. Um dos membros do grupo de rap “Margemnow”, que em suas letras conta a dura realidade da periferia da cidade, trouxe a ideia de incorporar as músicas do grupo às improvisações, e assim nasceu “Fortalezas”, nome da performance que foi realizada nos dia 21 e 27, no ICA e no Porto do Iracema, respectivamente. Esta performance pode ser considerada apenas como uma conclusão parcial, pois o grupo continua a desenvolver mais pesquisas em improvisação livre que irão perpassar por outros universos, reinventando sua proposta a cada semestre.