A COMUNIDADE DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM ÁREAS DESERTIFICADAS DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: UM ‘HOTSPOT’ DE BIODIVERSIDADE INEXPLORADO

Autores

  • Danilo Ferreira da Silva
  • Arthur Prudêncio de Araújo Pereira
  • José Israel Pinheiro
  • Arlene Santisteban Campos
  • Ericka Paloma Viana Maia
  • Arthur PrudÊncio de Araujo Pereira

Resumo

A exploração não sustentável dos recursos naturais e a falta de preocupação com as peculiaridades climáticas da Caatinga, culminou no uso indiscriminado deste importante bioma. As atividades de pecuária extensiva e agricultura rudimentar que ocorrem há décadas,em conjunto com as características únicas de clima, solo e vegetação, resultaram no aumento dos índices de desmatamento do bioma, ocasionado a degradação de grandes áreas. Esse fato favoreceu o surgimento das áreas suscetíveis a desertificação (ASD), que se intensificam por vários processos naturais e antrópicos, afetando assim, todos os nichos ecológicos neste ecossistema. Pouco se sabe sobre a microbiologia do solo em áreas em desertificação, em especial dos Fungos Formadores de Micorrizas Arbusculares (FMA). Existe uma vasta e consolidada literatura demonstrando os benefícios dos FMA em ecossistemas agrícolas e naturais. Sua importância se estende desde o auxílio na absorção de água e nutrientes pelas plantas, até na proteção contra metais pesados e o excesso de sais no solo. Neste sentido, o objetivo deste trabalho será analisar a comunidade de FMA e entender como sua estrutura se comporta quando comparamos solos da Caatinga de três paisagens distintas: uma área de vegetação natural da Caatinga, uma área em processo de recuperação natural e uma área em processo de desertificação. As análises que serão realizadas a fim de obtermos tais resultados serão: Abundância, riqueza e diversidade de esporos de FMA, extração e quantificação da glomalina presente nestes solos, além de se efetuar a caracterização química e física desses solos.Se passarmos a entender os principais mecanismos que governam a dinâmica da comunidade dos FMA nessas áreas, poderemos atuar de forma mais incisiva na mitigação desses efeitos, principalmente com relação à ciclagem de nutrientes e sobrevivência das plantas nativas da Caatinga, o que justifica todos os esforços que serão inseridos nesta pesquisa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

IV Encontro de Iniciação Acadêmica