ANATOMIA FOLIAR DE ESPÉCIES HALÓFITAS PSAMÓFILAS REPTANTES OCORRENTES NAS DUAS DO PECÉM CEARÁ

Autores

  • Mateus Teixeira dos Santos
  • Ítalo Antônio Cotta Coutinho
  • Mylena Evilyn Sousa Costa
  • Mikaele da Silva Pontes
  • Italo Antonio Cotta Coutinho

Resumo

O estado do Ceará está inserido no “polígono das secas”, com clima semiárido, caracterizado por temperaturas elevadas, precipitação média anual inferior a 700 mm/ano e chuvas concentradas em 2-3 meses do ano. Embora o estado tem Ceará tenha um amplo predomínio das superfícies aplainadas (Depressão Sertaneja), a verdade vegetação do estado é bastante diversa, sendo formada por um mosaico de vários tipos vegetacionais. A zona costeira representa um dos retalhos quem compõem essa colcha fitogeográfica. Sobre as areias quartzosas próximas ao mar (beira de praia) podemos encontramos a vegetação halófita psamófila reptante, uma vegetação predominantemente herbácea, com espécies resistentes à alta salinidade, escassez de nutrientes do solo, altas temperaturas, alta insolação e elevada mobilidade da areia. Assim, a presente proposta visa elucidar as estratégias morfoanatômicas que capacitam as plantas a sobreviverem em tais ambientes costeiros, como as dunas do Pécem. Para o estudo, foram utilizadas técnicas usuais em anatomia vegetal para microscopia de luz. Três espécies foram estudadas: Ipomoea pes-caprae (L.) R.Br., Blutaparon portulacoides (A. St.-Hil.) Mears. e Remirea maritima Aubl.. Quando observadas em secção transversal, as espécies investigadas apresentam epiderme unisseriado, sendo que a camada de cuticular é espessada em I. pes-caprae e R. marítima enquanto em B. portulacoides é delgada. Remirea maritima apresenta folhas hipoestomáticas, enquanto I. pes-caprae anfiestomáticas e B. portulacoides epiestomátics. Em I. pes-caprae, o mesofilo é homogêneo, sendo que as células mais periféricas próximas à epiderme, tanto da face adaxial como da face abaxial, são mais menores e irregulares em comparação com as células mais internas do mesofilo. Em R. marítima e B. portulacoides, o mesofilo é radiado, caracterizando a anatomia Kranz. Em B. portulacoides mesofilo radiado está voltado para a face adaxial da folha, enquanto o parênquima aquífero, para a face abaxial.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

IV Encontro de Iniciação Acadêmica