AVALIAÇÃO DO IMPACTO ACÚSTICO DO SISTEMA DE TRANSPORTES NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE FORTALEZA

Autores

  • Joab Silva de Andrade
  • Janaína Mesquita da Silva
  • Francisco Salomão Bastos Filho
  • Nara Gabriela de Mesquita Peixoto
  • Ivan Jose Ary Junior

Resumo

As instituições educacionais devem ser capazes de garantir condições satisfatórias para o pleno exercício das atividades escolares, o que inclui a qualidade acústica nesses locais. De acordo com a literatura consultada, o ruído em excesso afeta significativamente a percepção auditiva da fala pelos alunos e a produção de voz pelos professores além de estar relacionado a uma série de distúrbios de aprendizagem. No contexto de Fortaleza, a cidade possui uma carta acústica que contém a intensidade de exposição ao ruído em diferentes regiões da mesma. Entretanto, nos últimos anos houveram algumas alterações na cidade, sendo necessária a atualização das cartas acústicas. Nesse sentido e considerando a problemática apresentada, este estudo foi conduzido com o objetivo de determinar o nível do ruído de tráfego e o impacto no desempenho escolar de alunos de instituições educacionais públicas de Fortaleza. Para alcança esse objetivo foi adotado um estudo de caso em uma escola situada nas proximidades da Avenida Bezerra de Menezes, onde foram realizadas medições de intensidade sonora através do uso de sonômetro em horários de aula com máxima exposição sonora do trânsito e contagem do fluxo de veículos. Os dados colhidos foram comparados com os valores modelados para o mesmo trecho da avenida através do software CADNA-A, uma vez que o mesmo é adotado pela Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente. Nesta etapa foi necessária a atualização do desenho fornecido pela Prefeitura para a quadrícula que contém o trecho estudado a partir do desenho das novas edificações, muros, reformas, demolições, dentre outras alterações. Os resultados obtidos, ainda que parciais, evidenciam que o ruído, tendo por base as coletas de tráfego e níveis sonoros, não obedece aos níveis sugeridos pela Organização Mundial da Saúde e a legislação municipal. Isso denota o teor prejudicial às pessoas tanto em locais educacionais quanto públicos.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

IV Encontro de Iniciação Acadêmica