ESTUDO DO EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO DO AMBUROSÍDEO A: COMPOSTO BIOATIVO DE AMBURANA CEARENSIS EM CÉLULAS DA MICRÓGLIA BV2

Autores

  • Maria Kevylane Alves Ferreira
  • Ítalo Magalhães da Costa
  • Monalisa Sthefani Silva de Oliveira
  • João Paulo Rodrigues Tavares
  • Ana Bruna de Araújo
  • Luzia Kalyne Almeida Moreira Leal

Resumo

Introdução: O estresse oxidativo é uma das principais causas de doenças neurodegenerativas devido à liberação de mediadores inflamatórios secretados pelas células do sistema imunológico inato, a exemplo da micróglia. Amburosídeo A (AMB), um glucosídeo fenólico, é um dos constituintes de Amburana cearensis (cumaru), uma espécie nativa do bioma Caatinga e que tem demonstrado exercer ação anti-inflamatória em modelos experimentais de inflamação. Objetivo: Otimizar a concentração ideal de LPS para ativação das BV2 e avaliar a atividade anti-inflamatória do Amburosídeo A, molécula isolada do extrato seco da casca do tronco de A. cearensis, em células microgliais BV2. Metodologia: As células microgliais BV2 foram mantidas em meio RPMI-1640, 10% de FBS, a 5% de CO2, 37oC. Primeiramente, foram testadas duas concentrações de LPS (0,5 e 1 μg/mL, 24h). Em seguida escolhemos a concentração de 0,5 para os ensaios seguintes. Foi adicionado AMB (5-100 μg/mL, 24 h) e a citotoxicidade foi avaliada pelo ensaio do MTT. A ativação microglial foi avaliada pela adição de AMB e após 1 h estimuladas com LPS (0,5 μg/mL). Após 24 h foi mensurado a produção de nitrito (NO) pelo protocolo de Griess. Resultados: O AMB não diminuiu a viabilidade celular nas concentrações de 5 a 100 μg/mL. O AMB nas concentrações (25 (8,33±1,265), 50 (5,74±1,574) e 100 (4,36±1,610) μg/mL) diminuiu a produção de NO quando comparamos com o LPS (16,70±0,353). Conclusão: Os experimentos realizados permitiram determinar a melhor concentração de LPS para a ativação das BV2. Amburosídeo A mostrou ser uma molécula com potencial uso no tratamento de doenças neurodegenerativas em função da diminuição na ativação microglial e ausência de toxicidade nas diferentes concentrações testadas.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

IV Encontro de Iniciação Acadêmica