INTEGRAÇÃO DO CIENTÍFICO COM O REGIONAL: O USO DO CORDEL COMO METODOLOGIA DE ENSINO E DISSEMINAÇÃO DA CIÊNCIA

Autores

  • Thays Freitas de Andrade
  • Felipe Conrado Freitas de Oliveira
  • Hélio Marques Teixeira Moreira
  • Letícia Mesquita Eduardo
  • Mariana Silvestre Martins
  • Rozane Valente Marins

Resumo

Chegando no nosso país no final do século XVII, a Literatura de Cordel, que é atualmente símbolo da poesia nordestina, tem grande força até os dias atuais no sertão. Marcada pelas xilogravuras, essência cultural forte e textos narrativos, o cordel pode ser utilizado de várias formas, desde simplesmente divertir o leitor, até mesmo ensinar sobre assuntos mais complexos como a Geoquímica. O objetivo do trabalho foi produto de um desafio proposto na disciplina de Geoquímica (2019.1) - trazer o engessado relatório de campo para uma forma dinâmica. O relatório versava sobre a aula de campo no Batólito de Quixadá, localizado no sertão do Ceará, local bastante estudado na Província Borborema por apresentar as feições geológicas denominadas Plútons Brasilianos. Sendo o cordel uma literatura típica da região, a ideia girou em torno de unir dois viés distintos, mas inteiramente complementares: a arte e a ciência. Transferir uma linguagem técnico-científica para o Cordel nos possibilita - como pesquisadores e propagadores da ciência - uma aproximação da academia com a sociedade. A história do Batólito de Quixadá resultou na produção de um cordel chamado “Batólitos do Vovô”, em que uma criança narra uma conversa com seu avô, trazendo várias abordagens geoquímicas de uma maneira bem descontraída. Além disso, por ter na turma discente de família oriunda da região pode-se juntar a cultura local, bem como o tema do cinema brasileiro produzido nesta paisagem única, à ciência geoquímica. A geoquímica que narra outra estória, a história da química de formação do planeta Terra. Desse modo, o relatório deixa de ser um material que, por muitas vezes, será utilizado apenas naquela disciplina, podendo ser acessado e compreendido pela comunidade de uma maneira lúdica e de fácil compreensão, atraindo o interesse da população o que pode ajudar a preservar o monumento natural das feições geológicas de Quixadá.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

IV Encontro de Iniciação Acadêmica