LINGUAGEM E PERFORMATIVIDADE EM AUSTIN, DERRIDA E BUTLER

Autores

  • Lucas Oliveira de Lacerda
  • Ada Beatriz Gallicchio Kroef

Resumo

Performance tem origem na palavra latina “formare”, que é traduzida para a nossa língua como "formar, dar forma a, criar", verbos transitivos que possuem um objeto (direto ou indireto) como efeito de uma ação. O objetivo da pesquisa não foi descobrir uma origem da performance e sim, a partir do método da genealogia, procedimento criado por Michel Foucault, analisar as proveniências e emergências deste conceito dentro de um recorte de enunciados filosóficos ao longo da história da filosofia, em especial nos filósofos: John Austin (1790-1859), Jacques Derrida (1930-2004) e Judith Butler (1956-). A partir do método genealógico, analisamos os seguintes enunciados: 1) A teoria dos atos de fala de Austin e os seus proferimentos constatativos e performativos da linguagem, presentes no livro "Quando dizer é fazer: palavras e ação" (1990); 2) A crítica que Derrida faz à teoria dos atos de fala de Austin, no seu texto "Assinatura acontecimento contexto" (1991), apresentando dois conceitos fundamentais como a iterabilidade e a citacionalidade; e 3) A leitura que Butler faz de Derrida e a influência da teoria dos atos de fala de Austin, em especial os proferimentos performativos da linguagem, para a construção de sua teoria pós-feminista e de gênero no texto "Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do 'sexo'", onde a autora responderá às críticas recebidas pelo seu livro "Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade" (2013), onde analisamos sua tese sobre a performatividade de gênero. Por fim, concluímos que os três filósofos estabelecem uma relação da performatividade com a linguagem a fim de pensar questões práticas.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

IV Encontro de Iniciação Acadêmica