LÍQUIDOS IÔNICOS COMO INIBIDORES DE CORROSÃO DE AÇO CARBONO

Resumo

O aço carbono é uma liga metálica, presente em larga escala em diversos meios de caráter imprescindível. Contudo, por conta da corrosão, um processo espontâneo de deterioração de materiais, o mesmo perde sua utilidade. Com isso, a utilização de líquidos iônicos, compostos formados pela junção de um cátion orgânico e um ânion inorgânico, capazes de retardar tal processo se apresenta nesse cenário, como solução para essa questão. Nesse sentido, as técnicas empregadas para obter a eficácia dos líquidos iônicos usados para avaliação anticorrosiva foram: curva de polarização potenciodinâmica linear e a espectroscopia de impedância eletroquímica. O sistema em questão, contendo três eletrodos imersos em meio de HCl 0,5 mol L-1 e líquido iônico 5 mmol L-1, foram: aço carbono 1020 como eletrodo de trabalho, Ag/AgCl/KClsat como eletrodo de referência e uma placa de platina como contra-eletrodo. Os líquidos iônicos usados foram: tetrafluoroborato de 1-butil-3-metilimidazol ([BMIM]BF4), cloreto de 1-butil-3-metilimidazol ([BMIM]Cl), hexafluorfosfato de 1-butil-3-metilimidazol ([BMIM]PF6). De acordo com as técnicas usadas, as curvas de polarização apontaram uma tendência de inibição anticorrosiva, evidenciadas por um menor valor de corrente, na seguinte ordem: [BMIM]PF6 > [BMIM]Cl > [BMIM]BF4. Enquanto isso, os diagramas de Nyquist identificaram a seguinte sequência: [BMIM]PF6 > [BMIM]BF4 > [BMIM]Cl. Nesse segundo caso, quanto maior for a intensidade do arco, maior será a resistência à corrosão. Tais resultados podem ser explicados por conta da influência do tamanho de cada um desses ânions, pois, quanto maior for a molécula, mais viscoso o meio se torna, o que dificultará a movimentação do agente corrosivo, íon cloreto, até a superfície do metal, retardando o processo corrosivo.