RELIGIÃO COMO DOMINAÇÃO AFETIVA, UMA NOVA ORDEM POLÍTICA.
Resumo
Nesta pesquisa, analisei os discursos teológicos existentes na igreja evangélica por meio do corpo doutrinário de cada denominação religiosa, correlacionando sua relevância com o cenário político. Mediante uma abordagem teórica clássica de Max Weber, avalio a dominação carismática na disseminação do antipetismo por meio da influência que os líderes evangélicos exerceram sobre a escolha eleitoral dos fiéis nas eleições presidenciais brasileiras de 2018. Foram elaborados questionários direcionados para os membros de quinze igrejas evangélicas do Ceará em paralelo com a realização de entrevistas estruturadas com seus respectivos lideres, com a finalidade de distinguir as correntes religiosas com expressivos poder de influência na política, considerando a disputa teológica entre as mais diversificadas hermenêuticas cristãs. Como resultado parcial, foi observado uma tendência maior de conciliação de votos entre líderes e membros nas igrejas denominadas pentecostais. Em contraponto, nas neopentecostais, o número de eleitores com posicionamentos antipetistas são expressivos em comparação com a abstenção eleitoral no processo presidencial de líderes e membros das igrejas tradicionais. Por fim, foi possível concluir que houve interferência das trajetórias individuais desses líderes no comportamento eleitoral de seus seguidores, disseminando o antipetismo por meio de uma dominação afetiva.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
IV Encontro de Iniciação Acadêmica
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