RELIGIÃO COMO DOMINAÇÃO AFETIVA, UMA NOVA ORDEM POLÍTICA.

Autores

  • Rebeca Oliveira da Silva
  • Jakson Alves de Aquino

Resumo

Nesta pesquisa, analisei os discursos teológicos existentes na igreja evangélica por meio do corpo doutrinário de cada denominação religiosa, correlacionando sua relevância com o cenário político. Mediante uma abordagem teórica clássica de Max Weber, avalio a dominação carismática na disseminação do antipetismo por meio da influência que os líderes evangélicos exerceram sobre a escolha eleitoral dos fiéis nas eleições presidenciais brasileiras de 2018. Foram elaborados questionários direcionados para os membros de quinze igrejas evangélicas do Ceará em paralelo com a realização de entrevistas estruturadas com seus respectivos lideres, com a finalidade de distinguir as correntes religiosas com expressivos poder de influência na política, considerando a disputa teológica entre as mais diversificadas hermenêuticas cristãs. Como resultado parcial, foi observado uma tendência maior de conciliação de votos entre líderes e membros nas igrejas denominadas pentecostais. Em contraponto, nas neopentecostais, o número de eleitores com posicionamentos antipetistas são expressivos em comparação com a abstenção eleitoral no processo presidencial de líderes e membros das igrejas tradicionais. Por fim, foi possível concluir que houve interferência das trajetórias individuais desses líderes no comportamento eleitoral de seus seguidores, disseminando o antipetismo por meio de uma dominação afetiva.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

IV Encontro de Iniciação Acadêmica