ZIKA EM FORTALEZA: RESPOSTAS DE UMA COORTE DE MULHERES ENTRE 15 E 39 ANOS
Resumo
INTRODUÇÃO:De acordo com o Ministério da Saúde mais de 1000 cidades brasileiras tiveram alto risco de entrar em um surto de Zika em 2018, que além dos sintomas comuns, como febre, mialgia e vermelhidão, também pode acarretar outras complicações como microcefalia. Nesse dado ano na cidade de Fortaleza foram computados 1.383 casos.OBJETIVOS: Medir a prevalência e incidência da infecção pelo vírus da Zika (ZIKV) em mulheres sexualmente ativas com idade entre 15 a 39, usuárias dos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) da cidade Fortaleza e notar como elas e seus parceiros são influenciados pela epidemia de Zika, mensurando as intenções de engravidar e as gravidezes ocorridas no contexto da infecção.METODOLOGIA: O estudo é de coorte observacional, com os locais de coleta de dados em unidades de APS, escolhidas a partir dos maiores números de suspeitas de infecção pelo ZIKV, as mulheres são testadas para a infecção ativa ou pregressa, durante o acompanhamento da coorte e a cada três meses. Baseia-se nos resultados obtidos com técnicas de ELISA e PCR que detectam o vírus a partir do soro coletado de amostras sanguíneas. RESULTADOS: O teste foi aplicado em quatro unidades de saúde da cidade de Fortaleza com taxas relevantes de casos de Chikungunya. Ao realizar ensaios imunoenzimáticos em 1460 das 1609 participantes, teve-se como resultado parcial uma soropositividade maior para IgG ao vírus da Dengue (86,2%) do que para o do ZIKV (41,4%). A maioria estava na faixa etária de 21 a 25 anos (26,8%), da UBS Casemiro Filho. Das mulheres soropositivas ao ZIKV, 66,3% eram pardas e 63,8% não exercia atividade remunerada, sendo 57,5% beneficiárias do Bolsa Família. CONCLUSÃO: O estudo tem notada relevância para orientar população e gestores na prevenção do ZIKV e seus possíveis danos, em especial a ocorrência de microcefalia em bebês nascidos de mães positivas.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
IV Encontro de Iniciação Acadêmica
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