A DESIGUALDADE SOCIAL COMO PRODUÇÃO HISTÓRICA: UMA ANÁLISE ONTO-MARXIANA

Resumo

ONTO-MARXIANA Vivemos em uma sociedade na qual as desigualdades sociais se mostram cada vez mais aparentes. A pobreza e a miséria do trabalhador constatadas em níveis crescentes e alarmantes nos fazem refletir sobre os processos que nos conduziram ao atual estado de coisas. Considerando não ser este um estado natural e determinado e, corroboramos com Marx (2017) quando diz que se a aparência fosse igual a essência, a ciência seria desnecessária. Consideramos importante um estudo que busque a origem dos fenômenos que aprofundam as injustiças e desigualdades sociais. Temos por objetivo neste trabalho historicizar o surgimento das desigualdades sociais, a partir de uma análise das sociedades já existentes e seus respectivos modos de produção. Buscamos também compreender quais os desdobramentos das relações de produção da forma de sociabilidade vigente nas condições de vida dos indivíduos. Para tanto, nos apoiaremos no materialismo histórico-dialético e realizaremos uma pesquisa bibliográfica com base nos estudos do filósofo alemão Karl Marx (2010), bem como de interpretes do pensamento marxiano como Mészáros (2002) e Netto e Braz (2007). Os resultados iniciais desta pesquisa apontam para a sociedade dividida em classes e para a propriedade privada como marcos inciais da exploração de uma classe por outra. Os modos de produção postos depois disso, o escravismo e o feudalismo, por exemplo, seguiram a lógica exploradores e explorados, constituindo assim, uma classe que detém os meios de produção e outra que possui apenas sua força de trabalho. Verificamos que no capitalismo essa lógica se mantém em vista da exploração de mais-valia para a acumulação de riquezas da classe dominante. Concluímos que as desigualdades sociais não existem por leis naturais, mas sim, são resultado de um processo histórico que fundou a exploração do homem pelo homem e que destituiu de tudo uma grande massa da população.