A FORMAÇÃO CONTINUADA COMO MEDIAÇÃO PARA A PRÁXIS DOCENTE: CAPACITAÇÃO, ESCLARECIMENTO E EMANCIPAÇÃO

Resumo

O cenário brasileiro tem passado por grandes mudanças e inovações, inclusive no âmbito da educação e da práxis docente. Disso decorre que o professor precisa ter a formação como prioridade na área de sua atuação, uma vez que as exigências sociais passam pela necessidade de capacitação dos professores requerendo uma formação continuada a fim de proporcionar uma melhoria nos aspectos pedagógicos, sociais e filosóficos da sua práxis docente. Portanto, a formação continuada é um requisito essencial para essa consecução, e ela ocorre tanto em sala de aula nas experiências cotidianas do professor, como também na academia em cursos de Especialização, Mestrado e Doutorado. Para tanto, é essencial que o professor tenha as condições objetivas, a começar pelo seu afastamento remunerado para que se dedique à pesquisa. Assim, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (SEDUC) proporciona aos seus docentes, da educação básica, esse afastamento remunerado, entendendo que o professor capacitado tem melhores condições de exercer a sua atividade docente com autonomia, competência e esclarecimento. Partindo dessas considerações, esta pesquisa tem como objetivo verificar quantos professores se afastaram para o curso de pós-graduação stricto sensu em 2015, quantos voltaram em 2018, e quantos estão em sala de aula na área da sua formação. Trata-se de uma pesquisa documental relativo aos documentos oficiais da SEDUC. Tem como base teórica o pensamento de Theodor Adorno, destacando as suas concepções de uma educação como instrumento de autonomia, esclarecimento e emancipação. Como resultado parcial dessa pesquisa percebemos que, após a conclusão do Mestrado, uma boa parte dos docentes solicita remoção ou até mesmo exoneração para se dedicar a outras atividades ou adentrar no ensino superior, comprometendo o alcance do objetivo da SEDUC em capacitar os professores da educação básica para o aprimoramento da sua práxis docente.