A FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO EM UMA ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL

Autores

  • Riverson Ferreira Rodrigues
  • Ana Paula Rodrigues de Andrade
  • Thiaho Lima Ribeiro
  • Sarita Cristina Saito
  • Leonardo Figueiredo Soreas
  • Emanuel Freitas da Silva

Resumo

A Carta Universal de Direitos Humanos, ao completar 70 anos em 2018, ainda é uma jovem que necessita ser bem compreendida pela sociedade, visto os vastos argumentos utilizados para depreciá-la. O Instituto Ipsos realizou uma pesquisa no Brasil em 2018 mostrando que 20% dos entrevistados, numa pergunta de resposta sem alternativas pré-definidas, associam o tema à proteção de criminosos e bandidos, enquanto com a opção de alternativas pré-definidas 56% afirmaram que "os bandidos" são os maiores beneficiados pelos direitos humanos. A Constituição Federal direciona a Educação como uma das ferramentas de conscientização sobre o tema. O Conselho Nacional de Educação publicou a Resolução nº01/2012 que estabelece diretrizes nacionais para a Educação em Direitos Humanos. A partir desses preceitos legais em 2017 foi criada na EEMTI Albaniza Rocha Sarasate, no município de Maracanaú, uma disciplina eletiva de Direitos Humanos. Essas aulas foram divididas por semestre, com 47 alunos inscritos no primeiro e 37 no segundo. Os encontros eram semanais e o espaço de aprendizagem ficava a cargo dos alunos, sendo o preferido debaixo de uma mangueira na escola, sendo utilizado também espaços para uso de recursos de mídia. Nesses momentos ocorriam reflexões sobre direitos e deveres, ampliando a visão dos vários campos de atuação da temática o que contribuía para que o estudante se veja como agente ativo politicamente e socialmente e haja como multiplicador em sua comunidade. Como produto desse trabalho os alunos organizaram o I Seminário sobre Direitos Humanos na escola, contando com palestrantes do Ministério Público do Ceará, da Secretária de Ação Social e Cidadania do Município de Maracanaú, e da Secretária da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará. Dessa prática foi possível observar que o jovem necessita dessa liberdade e confiança por parte dos educadores, para que possam transformar teoria em algo concreto e sólido, fortalecendo o sentido do ato de educar e apreender.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação