A IRONIA NA ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA DE THE VIRGIN AND THE GIPSY DE D. H. LAWRENCE
Resumo
A novela The Virgin and the Gipsy, escrita em 1926 e publicada em 1930, do escritor inglês D. H. Lawrence, discute assuntos que são comuns ao projeto literário-filosófico do autor. Tais temas referem-se à guerra, à relação amorosa entre homem e mulher, ao sexo, etc. A narrativa dessa novela conta a história de Yvette e Lucille, que foram abandonadas pela mãe enquanto eram ainda crianças, e de sua família, imersa em hipocrisia. Yvette não consegue se encaixar no âmbito familiar ao qual pertence, e, após conhecer o Gipsy, passa por uma crucial jornada de autoconhecimento. Nesse sentido, Lawrence problematiza as relações familiares e comportamento humano, a condição traumática da vida após a guerra, e sugere um padrão de vida alternativo às mulheres ao abordar temas polêmicos, como o prazer feminino e a busca pelo conhecimento de si e de seu corpo. O presente trabalho analisa a construção da ironia na novela de Lawrence, e como essa figura retórica foi retratada na adaptação cinematográfica de The Virgin and the Gipsy (1970). Partimos da ideia de que o narrador descreve as personagens e, sutilmente, ao fazer as descrições, faz um uso perspicaz da ironia. Sendo assim, buscamos investigar como tal recurso foi levado para as telas. Com base nos princípios teóricos de Cattrysse (2014) e algumas perspectivas sobre o conceito de ironia, discutiremos alguns procedimentos utilizados na adaptação.Os resultados mostraram que a apresentação de situações de ironia na tela deu á narrativa fílmica um tom mais ousado para dialogar com o sistema receptor.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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